• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Economia sustentável: a revolução

            Enquanto nós vivemos no Brasil uma crise de valores e do sistema político o país fica travado diante do mundo. No mundo onde devíamos habitar como uma nação forte que somos, o Brasil patina em problemas muito menores e muito atrasados.

            Lá fora temas como inteligência artificial, inovações, economia de serviços, sustentabilidade no sentido mais amplo, encaminham a vida dos países. A sustentabilidade foi um tema surgido na Conferência Rio+20, em 2012, no Rio de Janeiro. Naquele momento sintetizava a harmonia entre o meio ambiente, os sistemas de produção e as vivências culturais.

            Ainda não se falava em inteligência artificial e em outros mecanismos tecnológicos desenvolvidos desde então. Hoje por sustentabilidade se entende inovação de processos e de procedimentos, harmonia absoluta com o meio ambiente, tecnologia e até mesmo o respeito à espiritualidade. Representa um salto civilizatório fantástico na história de conflitos humanos com a natureza e com o homem.

            A nova economia daí resultante pede muito conhecimento, respeito aos recursos naturais, à convivência coletiva, aos valores espirituais que hoje convivem dentro das sociedades mais adiantadas. A nova cara da sociedade pede esse tipo de respeito. É evolução. Inevitável!

            No Brasil as universidades vem abdicando do seu papel inovador e produtoras do novo pensamento sustentável. Abdicaram assim como quase todas as  instituições públicas e a maioria privada de algum modo responsáveis pela inovação de humanidade e de pensamento. Existem aqui e ali ilhas de excelência no meio dessa balbúrdia chamada Brasil. Com o tempo elas vão firmando posições que podem funcionar como farol no mar pra indicar às embarcações o sentido da navegação.

            As gerações novas caminham na direção contrária às vivências da política velha, do mau uso do meio ambiente e dos seus recursos naturais, com nova visão do que seja viver. Pouco lhes está sendo deixado.

            Pra esse novo e inevitável estágio vivencial humano, não servem os cânones da economia tradicional, nem a política até aqui construída, e menos as práticas predatórias contra o planeta de um lado, e as pessoas de outro.  Não servem mais as ideologias. Não servem as idéias velhas. Não servem os partidos políticos. Não servem as instituições públicas gastadoras e alienadas da nação. Não servem instituições privadas e públicas corporativas.

            Encerro com uma certeza: a de que as gerações novas nos atropelarão muito rapidamente. Se corrermos chegaremos atrasados. Devagar, sumiremos. No fundo de tudo isso quem comanda é a nova onda de uma sustentabilidade humana e espiritual.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

onofreribeiro@onofreribeiro.com.br  www.onofreribeiro.com.br         

 



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