Alfredo da Mota Menezes
O Brasil vive um momento trepidante e interessante. Assuntos diferentes aparecem a todo momento no cotidiano nacional.
Um desses é a proposta no Congresso para acabar com o foro privilegiado de congressistas. Hoje, se erram e merecem atos no Judiciário, devem ser julgados no STF. Querem que isso passe para a primeira instância lá de onde vieram. Surgiram muitos comentários e análises.
Sendo julgados em primeira instância teriam mais tempo para mudar rumos de um processo que poderia condenar alguém. Talvez tenha influência localmente, dizem alguns maldosos, para fazer o judiciário pender para lados mais favoráveis. Condenado na última instância não teria para onde apelar.
É interessante pontuar que lá atrás quem pediu para ter foro privilegiado foi a classe politica. Alegava, de um ponto de vista diferente do colocado acima, que em suas cidades ou estados poderiam ter magistrados que talvez o condenasse porque era, digamos, adversário de sua conduta politica localmente. Agora querem voltar a serem julgados ali outra vez.
Pedem ainda que, para julgar um parlamentar, se tenha o aval do Congresso. Os colegas de profissão é que diriam se pode julgar esse ou aquele. E ainda querem que todos os processos que estão no STF para serem julgados sejam mandados para a primeira instância. Coisas do Brasil real, ou melhor, das muitas coisas engraçadas da capital federal.
Outro tópico do momento em Brasília. Com o tarifaço imposto pelo governo norte americano, o Executivo decidiu criar meios para socorrer grupos empresarias atingidos pelo ato do Donald Trump. Medidas para um momento diferente e complicado para muitos setores empresariais do país.
É interessante pontuar também que a classe empresarial, principalmente no mundo do agronegócio, que vai ter problema com o tarifaço criado pelo governo do país do norte, não falou quase nada contra Donald Trump. A maioria do empresariado tem uma tendência para a direita politica e tem Trump como um nome importante. Daí talvez que poucos abriram a boca para reclamar da atitude uniliteral que vem do norte americano.
Entidades de classe não tem se manifestado institucionalmente. Ouve-se alguns da área defendendo a soberania e condenando a ação de Trump, e outros, maioria até, acusando o governo brasileiro pelo que Trump está fazendo.
Mais assuntos deste momento. OS EUA não querem abrir espaço para conversa com o Brasil. Havia um encontro marcado na área econômica dos dois lados e, sem mais nem menos, foi desmarcado pelo governo norte americano. Outro fato desse momento até engraçado é o ataque do país do norte ao caso mais médicos ou dos médicos cubanos que vieram para o Brasil.
Tudo isso que está acontecendo deve ser útil no futuro para o Brasil. A coluna repete a famosa frase do capitalismo norte americano, “answer to challenge” ou resposta ao desafio. A forte taxação imposta pelos EUA deve trazer frutos positivos de comércio em novos e diferentes mercados. China e outros países da Ásia vão cada dia mais fazerem parte do nosso cotidiano comercial. É tempo de jovens daqui aprenderem o mandarim, língua chinesa.
Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.
E-mail: pox@terra.com.br
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