Da Redação
"O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), a Operação Acqua Ilicita, em Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop", pontua o Ministério Público Estadual (MPMT).
O Ministério Público evidencia:
A operação combate a extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores, com o objetivo de enriquecer criminosos que aterrorizam a população em Mato Grosso.
Foram expedidos 55 mandados de busca e apreensão domiciliar, 12 mandados de prisão preventiva, e ordens para sequestro de 33 veículos automotores e bloqueio de 42 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos quatro municípios. Ao todo, participam da operação 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco.
As investigações apontaram para uma organização criminosa em expansão, visando lucros por meio de atividades ilícitas. O Serviço de Inteligência da Polícia Militar, em colaboração com agentes do Gaeco, constatou que os criminosos cobravam um alto preço pela liberdade e controle econômico de comerciantes. Assim, sob coação, os comerciantes são cooptados e acabam aderindo à organização criminosa.
O Gaeco é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
Entrevista Coletiva divulgada pela Comunicação do MPMT:
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (20), no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) explicaram o esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa desarticulado com a Operação Acqua Ilicita e divulgaram o balanço parcial dos mandados cumpridos.
Conforme a força-tarefa, até por volta das 10h já haviam sido cumpridos seis mandados de prisão preventiva e aproximadamente 30 mandados de busca e apreensão domiciliar. Dois alvos da operação foram mortos em confronto com a Polícia Militar.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop. Participam da operação 340 policiais militares e 60 agentes do Gaeco. A entrevista coletiva foi concedida pelo coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, pelos delegados do Gaeco Hércules Batista Gonçalves e Bruno de Morais Carvalho, pelo tenente-coronel PM Frederico Lopes e pelo coronel PM José Nildo.
Conforme o coordenador do Gaeco, a Operação Acqua Ilicita apurou que o objetivo da organização criminosa Comando Vermelho era dominar a distribuição de água nos quatro municípios. Mediante ameaça e constrangimento dos comerciantes, os criminosos impunham que eles comprassem os galões de água de pessoas indicadas pela facção e ainda cobravam R$ 1 por galão comercializado. A pretensão da organização era aumentar essa taxa para R$ 2 em 2025. O valor era então repassado pelos comerciantes ao consumidor final.
De acordo com os entrevistados, as investigações iniciaram após o recebimento de denúncias anônimas feitas por comerciantes ao Gaeco, com detalhes da prática criminosa. A desarticulação do esquema traz dois grandes benefícios para a sociedade: assegura a livre concorrência e permite que a população adquira o galão de água com preço justo e de mercado.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo. O promotor de Justiça Adriano Roberto Alves reforçou na coletiva que as forças de segurança de Mato Grosso estão integradas e trabalhando fortemente no enfrentamento ao crime organizado no estado.
Com Comunicação MPMT
Atualizada às 11h33
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