Kim Macherini
Iniciada a corrida eleitoral para 2026, o cenário começa a se movimentar. O cantor e o atual governador de Goiás afirmavam serem ambos candidatos a Presidente em 2026.
O lançamento da união dos dois, junto da indefinição de quem será o cabeça da chapa, é uma estratégia para ambos se respaldarem um ao outro.
Por um lado, Caiado, que precisa se tornar mais conhecido nacionalmente (segundo pesquisa da AtlasIntel, ele é o candidato mais desconhecido entre os que estão na corrida presidencial) e também adentrar no nicho de direita bolsonarista, o qual Gusttavo Lima foi fiel apoiador.
Já o cantor, ingressando na política, também tem muito a ganhar, aproximando-se do governador mais bem avaliado do Brasil (pesquisa AtlasIntel) e enraizado na política há muitos anos.
Uma tentativa de ganha-ganha, 100% goiana. Se a eleição fosse em Goiás, a chapa dificilmente teria um rival competitivo.
A dúvida é como que essa bolha será furada, afinal, uma vez que se entra no jogo, também começam os desgastes.
O fato é que os dois nomes são consagrados em Goiás; um como ótimo governador e outro como fenômeno da música e do empreendedorismo. Mas, será que essas características são suficientes para entrarem nas opções de voto do eleitoral paulista, carioca e mineiro?
Ter um presidenciável sempre é motivo de orgulho, tanto pela atuação política no cenário nacional, possibilidade de mais investimentos no Estado, mas também pelo enaltecer do agronegócio e da música sertaneja. Motivos de orgulho para muitos goianos, podem ser motivos de rejeição para outros que não se conectam com essas bandeiras.
No Brasil existe xenofobia de um estado para outro, preconceito que cria barreira de metrópoles para o interior, Sudeste para Nordeste, Sul para Norte. As ameaças e fraquezas dessa estratégia precisarão ser muito bem discutidas e identificadas.
O que mais importa agora, para Caiado, é se tornar relevante e competitivo na disputa.
O aumento da rejeição pela popularização da sua campanha ou pela companhia de Gusttavo Lima pode ser um sintoma positivo para o governador de Goiás que aumenta os holofotes para si.
*Kim Macherini é cientista social, especialista político e sócio-diretor da Santa Dica, empresa de consultoria e pesquisa localizada em Goiânia.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Projeto proíbe ex-dirigentes de empresas fiscalizadas na Anatel
Justiça tributária: mudança no IR pode reduzir desigualdade no Brasil
Tribunal de Contas avisa: Orçamento Mulher começa na próxima terça-feira
Campanha de vacinação contra a gripe começa no dia 7 de abril
Evolução ou Revolução? De principal componente da internet mundial à segurança perimetral. Descubra agora as novas funcionalidades e benefícios da fibra óptica
Milagres
O sucesso da culinária asiática no Brasil
Mais de 10 milhões simulam consignado para CLT até início da tarde
AMM comemora liminar que assegura FPM sem deduções às prefeituras
MP: Justiça condena ex-PM a 25 anos de prisão por morte de diretora