Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (25) que o mercado financeiro está mais tenso atualmente do que em outros períodos. O ministro participou nesta terça-feira da abertura da CEO Conference Brasil 2025, do BTG Pactual, em São Paulo.
"As pessoas estão mais com o dedo no gatilho, esperando uma notícia para agir, se proteger ou especular, tudo dentro da regra do jogo", disse Haddad.
Ele comparou a situação atual ao momento de incertezas vivido em dezembro de 2024, quando houve disparada do dólar e fuga de recursos.
De acordo com Haddad “as coisas estão se acomodando” e o ambiente econômico está equiparado ao de outros países, com economia semelhante ao Brasil, com contexto internacional que também gera impactos na economia do país.
“Quando você vê uma turbulência na economia americana, com falta de previsibilidade sobre o que a maior economia do mundo vai fazer, as pessoas ficam mais tensas. E não é só no Brasil. A situação externa é mais desafiadora.”
Segundo o ministro, as agências de classificação de risco, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os fundos de investimento têm uma visão diferente em relação à avaliação dos investidores locais. "Eles não têm a força que os investidores domésticos têm, então aguardam um pouco antes de investir”.
Haddad reforçou que a visão da equipe econômica no início do governo é a mesma atualmente e todas as medidas tomadas até o momento, mesmo que dependendo de outros setores, houve avanços consideráveis, mas isso nem sempre é levado em consideração. Ele disse ainda acreditar que a agenda fiscal não pode perder o fôlego.
“Com a mudança nas presidências do Congresso Nacional, nós precisamos verificar quem serão os relatores das matérias, os presidentes das comissões e a disposição dos líderes da oposição e da situação para endereçar temas importantes.”
O ministro discorreu ainda sobre a importância da reforma tributária aprovada pelo Legislativo, que entra em vigor a partir de 2027.
“É a maior reforma tributária da história do Brasil, e sem aumento de carga."
Haddad afirmou ainda que não é bom para o país ficar negando as coisas e inventando um passado brilhante que não aconteceu.
“Quem tem um pouco a memória do que é a economia brasileira desde o Plano Real sabe que nós vivemos alguns momentos mais delicados. Vivemos uma transição, em 2002, em que a dívida líquida era muito parecida com a atual, em torno de 60% do PIB."
Segundo o ministro da Economia, o presidente Lula herdou uma Selic de 25%, uma inflação de 12% e uma dívida em dólar bastante apreciável e sem reservas cambiais. "E ninguém dizia que o Brasil iria quebrar”, disse.
Edição: Maria Claudia

Ainda não há comentários.
Veja mais:
Adiada votação do projeto que reajusta salários do Judiciário
COP 30: Governo apresentará mapa de produção e preservação ambiental
AL: audiência debate Índice de Participação dos Municípios no ICMS
PF mira esquema de crimes financeiros contra a Caixa Econômica
Senador destaca aprovação de projeto que garante regularização de imóveis
PC prende homem suspeito de furto de módulos em transportadora
Não é falta de vergonha. É dor na alma.
IBGE revela nomes e sobrenomes mais comuns do país; veja a lista
TJ manda consórcio liberar carta de crédito a cliente contemplada
Quer ter sucesso em 2026? Comece agora