E-commerce na Black Friday: Desafios em cibersegurança para lojistas e consumidores

Luiza Dias

Promoções imperdíveis, grandes descontos, oportunidades únicas de comprar os mais variados produtos. Essas são as promessas da Black Friday – data praticada no Brasil desde 2010, que vem se consolidando a cada ano como um dos principais marcos para o comércio nacional. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a estimativa para 2024 é que a Black Friday gere uma receita de mais de R$ 11 bilhões, o que equivale a um aumento de 10% se comparado aos números de 2023.

Considerando que o maior movimento dos consumidores acontece na internet, as tentativas de fraudes eletrônicas que se aproveitam da expectativa das pessoas na busca por ofertas incríveis crescem nesta data, assim como os desafios associados à segurança digital para as empresas.

Em sua última edição, a Black Friday registrou um aumento de mais de 80% nas tentativas de fraude no e-commerce brasileiro, com práticas que incluem ataques de phishing, engenharia social e criação de sites falsos que simulam lojas renomadas. Tais golpes têm como principal objetivo roubar dados pessoais e estão cada vez mais aprimorados (especialmente se contam com o apoio de Inteligência Artificial). Outro risco aos quais os consumidores também podem estar expostos é à fraude de pagamento, em que o boleto, QR Code ou Pix indicado da etapa de pagamento não corresponde, efetivamente, à loja pretendida.

Tais ações criminosas não lesam somente os consumidores, mas também as lojas que têm sua marca e identidade visual clonadas. Nesse gancho, vale comentar que no dia 30 de novembro é celebrado o Dia da Cibersegurança e, por isso, é de extrema importância reforçar quais medidas e mecanismos de cibersegurança podem ser úteis na hora de anunciar promoções de forma confiável e de realizar compras de maneira segura. 

Segurança digital

Para garantir uma participação proveitosa na Black Friday, mitigando riscos à reputação e/ou de perdas financeiras, é essencial que as empresas invistam em soluções de cibersegurança robustas. Ferramentas como certificados SSL/TLS são indispensáveis para atestar a identidade dos comércios na rede. Em se tratando das comunicações por email, certificados Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions (S/MIME) também são fundamentais para criptografar informações sensíveis. A GlobalSign tem se destacado no mercado por oferecer soluções que não apenas protegem os dados dos usuários, mas também reforçam a confiança das organizações no ambiente digital.

Já para os consumidores, a recomendação é cautela. Antes de efetuar qualquer compra, é preciso verificar se o site é legítimo, buscar referências e evitar clicar em links recebidos por e-mail ou mensagens de texto. A Black Friday de 2024 promete ser histórica em termos de faturamento e adesão do público, mas seu sucesso dependerá do equilíbrio entre o aproveitamento das oportunidades de consumo e a mitigação dos riscos envolvidos. 

O crescimento do e-commerce é um reflexo de um Brasil mais conectado, mas também mais exposto às vulnerabilidades cibernéticas. Cabe a todos atuar de maneira responsável para que as experiências de compra e venda sejam seguras, eficientes e, acima de tudo, confiáveis.

 

Luiza Dias é Presidente da?GlobalSign Brasil. Possui 18 anos de carreira, 9 deles dedicados à GlobalSign, é a única mulher latino-americana a ocupar esta posição em uma Autoridade Certificadora de Raiz Internacional. Na GlobalSign, ocupou os cargos de Vendedora, Gerente de Vendas Latam, e em 2021, se tornou Presidente da empresa no Brasil. À frente da primeira Autoridade Certificadora de Raiz Internacional a se instalar fisicamente no país, Luiza se tornou uma importante referência feminina do mercado em toda América-Latina.