• Cuiabá, 16 de Setembro - 00:00:00

Assuntos diferentes do estado


Alfredo da Mota Menezes

Outro dia, Max Russi, que foi eleito presidente da Assembleia Legislativa, disse numa entrevista que não existe mais ali compra de votos para eleição da mesa diretora. Falou também que não se tem mais a tal da rachadinha.

A entrevista, de forma indireta, acabou confirmando o que se falava antes de que havia aquilo naquela casa de lei. Muitos negavam que existisse. Apareceu uma fala que confirmaria que havia e que agora isso desapareceu. Com uma verba indenizatória de 65 mil reais por mês para cada deputado, além do salário, não se precisa ter rachadinha ou mais isso e aquilo. 

Outro comentário da politica estadual do momento é que se está confirmando o que se aventava antes: falas recentes mostram que Otaviano Piveta deve ser o candidato a governador no grupo politico que tem Mauro Mendes na liderança. O próprio Piveta falou que esse é seu desejo e que estaria preparado para tal. E aí aparece o caso Jaime Campos.

É do União Brasil e seu mandato termina em 2026. Sair para o senado é possível, ainda mais porque se tem duas vagas nessa disputa. Mauro Mendes ficaria com a outra. Mas tem uma discussão correndo por aí de que os dois, Mauro e Jaime do mesmo União Brasil, não poderiam ir para uma coligação com outros partidos, se esses partidos coligados também tiverem candidatos ao senado.

Jaime Campos pode ser candidato ao governo, mas talvez não contasse com o apoio da maioria do grupo politico ao redor do governador que, mostram falas recentes, tende a apoiar o Piveta.

Dois outros assuntos dos últimos dias também interessavam ao estado. Dados mostrando que não haveria nenhum desastre econômico se a União Europeia deixasse de comprar produtos do campo do Brasil, MT em primeiro lugar, a partir de janeiro de 2025, por causa de desmatamento no bioma amazônico desde 2020.

Estudo do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, publicado pela imprensa nacional, mostra isso. O que os europeus compram de soja do bioma amazônico corresponde a 7% do total produzido. No Cerrado, 3% do total. Carne fica em 0,4% no Cerrado, 1.3% na Amazônia e 3.2% no Pantanal. 

Se comparado com o tanto que o país produz dentro de áreas não desmatadas os números acima não assustam. Só se a União Europeia radicalizasse e não comprasse de lugar nenhum no país e não somente em áreas desmatadas recentemente.

Uma pergunta antiga e necessária: a enorme área desmatada para pastagem e que hoje não está sendo utilizada não seria alternativa para expandir a agricultura?

Outro assunto. Saiu um ranking da competitividade dos municípios, publicado pelo Centro de Liderança Publica, analisando 404 cidades do país, com mais de 80 mil habitantes, onde moram 60% da população brasileira.

No Centro Oeste aparecem Palmas, Campo Grande e Sinop. Por estado, MT está na décima posição. Com tanta produção no campo em MT, aumento na produtividade, com ciência e tecnologia na dianteira, e não ter mais alguns municípios entre mais de 400 analisados chamou a atenção.

 

Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.

E-mail: pox@terra.com.br               




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