Alfredo da Mota Menezes
A coluna trás um exemplo de ilações inócuas do momento. Em 2026 serão duas vagas em disputa para o Senado. Jaime Campos termina seu mandato de senador naquele ano. O caminho normal seria ele disputar aquela eleição por seu partido, União Brasil.
Mauro Mendes deve ser candidato ao senado pelo União Brasil. E um partido não pode levar dois nomes para o senado para uma coligação. O nome seria o do Mauro.
Se, hipoteticamente, houver uma disputa interna naquele partido para ver quem seria o nome para o senado, a crença geral é que o Mauro seria o indicado. Tem maioria no diretório e, além disso, é o presidente estadual do União Brasil.
Aparecem argumentos também de que o Jaime pode ser candidato ao governo do estado pelo União Brasil. Outro fato aparece no horizonte. O candidato do Mauro ao governo, é o que todos acreditam, seria o Otaviano Pivetta, seu vice. Aliás, o caso Pivetta é o único até agora no estado em que foi indicado duas vezes vice de um governo. O que mostra uma afinidade entre ele e o governador.
Se o Jaime peitar internamente a disputa no União Brasil pode perder ou, se ganhar, não se sabe se teria apoio forte do Mauro. Na duvida, teria que buscar alternativas, continua o converseiro.
Alguns acham que ele poderia deixar o União Brasil e buscar abrigo em outra sigla. Iria por aí ou prefere deixar a disputa de 2026 e ir para casa? Tem gente que acredita que isso poderia ocorrer.
Ele, Jaime, não iria se aventurar numa disputa de forma birrenta. Poderia perder a eleição e seria a primeira em sua vida. Esse dado faz parte das conversas também: sair da política sem ter perdido nenhuma eleição que disputou ou enfrentar uma borrasca em outra sigla com possiblidade de ser derrotado?
Ou quem sabe, num arranjo com o Mauro e o Pivetta, iria para outro partido e faria coligação com o União Brasil e a candidatura do Mauro ao senado e do Pìveta ao governo? Ilações é o que não falta.
Tudo isso faz parte das conversas do momento. Aliás, conversas sobre hipotéticas alternativas futuras em política é um passatempo. Ou, na frase conhecida, de que politica nada mais é do que a união de circunstância, conjuntura e conjectura. O que seria da politica se não tivesse esse componente: conjectura.
Talvez seja por isso que ditaduras, além de ruim para um povo, é uma coisa chata porque quase não se tem a tal de conjectura. É o ditador de plantão e seu grupo no poder e os lados sem nem poder argumentar sobre alternativas.
Deixando viagens como essa de lado, volta-se ao caso do Jaime Campos: topa ser candidato ao governo pelo União Brasil sem apoios fortes internamente? Ou sai do partido, vai para outro para tentar o senado? Ou, como muitos acreditam, vai para casa e abandona qualquer disputa em 2026. Cartas para a redação, como dizia o pessoal do jornal O Pasquim.
Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.
E-mail: pox@terra.com.br
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