Da Redação
Em nota, a A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destacam nesta quinta-feira (6/6) que "consideram um avanço importante a aprovação pelo Senado da revisão da isenção das importações de até US$ 50".
O texto foi aprovado ontem pelo Senado, após acalorados debates.
As entidades acentuam: "setor produtivo espera que projeto votado pelos senadores seja aprovado rapidamente pela Câmara para preservar empregos e reduzir a discriminação tributária".
Ao taxar as importações de até US$ 50, ainda que em apenas 20%, o Senado decide preservar empregos e atender, principalmente, à população de menor renda do país e as mulheres.
Nota na íntegra - conforme divulgado:
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) consideram um avanço importante a aprovação pelo Senado da revisão da isenção das importações de até US$ 50.
A medida é imprescindível para a preservação de empregos e o fortalecimento do setor produtivo nacional. As entidades reconhecem que a maioria dos senadores teve sensibilidade ao compreender a importância de reduzir a discriminação tributária contra os produtos brasileiros.
CNI, CNC e CNA, no entanto, consideram insuficiente a decisão de taxar em apenas 20% as compras internacionais para evitar a concorrência desleal, embora seja um primeiro passo em direção à isonomia tributária e à equiparação entre os produtos importados e os nacionais.
"Ao taxar as importações de até US$ 50, ainda que em apenas 20%, o Senado decide preservar empregos e atender, principalmente, à população de menor renda do país e as mulheres", diz o presidente da CNI, Ricardo Alban. Ele pondera, porém, que a decisão de manter alíquota para produtos importados menor do que o percentual pago pela indústria nacional vai na contramão do mundo e consagra a desigualdade tributária e a concorrência desleal.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, vê como positiva a aprovação do fim da isenção do imposto de importação para produtos de até US$ 50. "Um estudo da CNC indica que a não taxação ocasionava uma queda de até 57% no volume de vendas do varejo, considerando efeitos diretos, indiretos e induzidos. Com o início da cobrança de 20% de imposto de importação, o prejuízo estimado deve cair para 7%", afirma Tadros.
Nesse sentido, as confederações reforçam a importância de a Câmara dos Deputados referendar com rapidez o projeto que os parlamentares já haviam aprovado no último dia 28 de maio. A célere aprovação do projeto é essencial para o fortalecimento da indústria nacional e de todo o setor produtivo, bem como para o crescimento econômico do país.
Em nota conjunta assinada na semana passada, as confederações e os trabalhadores da Nova Central, Força Sindical, IndustriAll Brasil, Confederação Nacional de Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNMT), Central dos Sindicados Brasileiros (CSB) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) saíram em defesa da revisão da isenção de impostos para produtos importados de até US$ 50.
O setor produtivo brasileiro seguirá no justo esforço para igualar as regras do jogo. Unidos na defesa do interesse nacional, empresários e trabalhadores alertam ao poder público para as distorções causadas à economia brasileira por essas importações, beneficiadas por uma tributação mais favorável.
Os setores mais afetados por essas importações vão continuar trabalhando para que haja isonomia tributária entre produtos brasileiros e importados. As áreas mais impactadas são as de produtos têxteis, confecção de artefatos do vestuário e acessórios, calçados, artefatos de couro, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal, móveis e de produtos de indústrias diversas.
Empresários e trabalhadores lembram que as importações sem tributação federal levam a indústria e o comércio nacionais a deixar de empregar 226 mil pessoas. Quem mais perde com a redução dos empregos nesses setores são as pessoas que ganham menos e, principalmente, as trabalhadoras mulheres. Mais de 80% das pessoas empregadas nos setores mais afetados pela isenção da tributação recebem até dois salários mínimos. As mulheres respondem por 65% do emprego nesses setores, ante a média nacional de 40%.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
PC confirma prisão de casal suspeito de torturar crianças
Governo de MT destaca programa SER Família Habitação
Senador Wellington Fagundes assina CPMI da Vaza Toga
Tribunal de Justiça de Mato Grosso alerta sobre golpe do pharming
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio
Gestão documental: a base para transformar IA em vantagem competitiva