1 - O Copom retirou os trechos "com destaque para a sua composição benigna" (p4) e "reforçando a dinâmica benigna recente da inflação" (p.17) sobre a inflação, reconhecendo a piora qualitativa da inflação vista nas últimas publicações.
2 - Um dos parágrafos que recebeu mais alterações foi sobre os riscos externos. O destaque foi a deflação de bens na China, que, em conjunto com commodities e PPI comportados nos EUA, sinaliza uma inflação de bens controlada. O Bacen menciona o aumento importante dos preços do frete (Conflito no Mar Vermelho) como fator de incerteza.
3 - Sobre ativividade, por um lado, no Copom foram apresentados dados que tendem a sinalizar uma "que permitiriam observar, nos próximos meses, uma atenuação da desaceleração da atividade econômica". Por outro lado, houve aceleração da dinâmica de rendimentos reais nos últimos meses num contexto no qual á se observa o efeito da queda da taxa Selic nas concessões de crédito.
4 - O cenário "não divergiu significativamente " do esperado pelo Copom, mas o Comitê tem alguns pontos de alerta que ele fica escrutinando, especialmente a queda dos serviços, especialmente subjacentes. O Copom segue com cautela, com o uso do plural e corte de 50 pp. NB : "não divergiu significativamente" > Piorou mais não o suficiente para mudar o plano de voo_
Minha opinião: O comunicado foi hawkish, reconhecendo a piora qualitativa da inflação do lado dos serviços. Dada a taxa ainda elevada, ainda há um espaço relevante para cortar. Porém, o debate sobre a desaceleração ganhará força a cada reunião do Copom, especialmente depois que a taxa Selic ficar abaixo de 10%.
Alexandre Lohmann é Economista-Chefe da Constância Investimentos.
Informações da Assessoria/Tamer Comunicação
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