Da Redação
Representantes de 11 países da América do Sul se reúnem hoje, terça-feira (30), para uma reunião de uma cúpula regional no Palácio Itamaraty, em Brasília, após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Deverão participar do encontro os presidentes da Argentina, Alberto Fernández; do Chile, Gabriel Boric, e, da Venezuela, Nicolás Maduro, entre outros. A presidente do Peru, Dina Boluarte, está impossibilitada de comparecer devido à situação do país desde a deposição do ex-presidente Pedro Castilho e será representada pelo presidente do Conselho de Ministros do país, Alberto Otárola.
Esta é a primeira cúpula organizada pelo Brasil no terceiro mandato de Lula. Segundo o Itamaraty, o governo tem três objetivos principais: reiniciar o diálogo regional; buscar uma agenda concreta de cooperação em áreas como infraestrutura, saúde e combate ao crime organizado; e, criar, num prazo mais longo, um novo organismo de integração sul-americano que possa substituir ou reorganizar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
“A ideia é retomar o diálogo e a cooperação com países sul-americanos. Identificar denominadores comuns. A região dispõe de capacidades que serão chaves no futuro da humanidade, como recursos naturais, água, minérios, área para produção de alimentos. Uma agenda concreta de cooperação pode ser iniciada imediatamente”, explicou a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Figueiredo Padovan.
O governo federal anunciou, em 7 de abril, o retorno do Brasil à Unasul. No mesmo dia, a Argentina anunciou que retornaria ao bloco, que atualmente tem como membros Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que se encontra suspenso.
O Brasil estava fora do grupo desde 2019. A Unasul foi fundada a partir de um Tratado Constitutivo assinado em maio de 2008, pelos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Agenda: Pela manhã, a partir das 10h15, será realizada a abertura do evento, com discurso de Lula. Às 10h45 começará a sessão de trabalho, com cada líder tendo 15 minutos para fazer sua intervenção.
Na parte da tarde será realizado um encontro, dessa vez mais informal, com formato reduzido, às 15h. Cada presidente será acompanhado pelo chanceler de seu país e apenas um ou dois assessores.
Esquema de segurança: Com a reunião dos chefes de Estado em Brasília, a Polícia Federal montou um esquema reforçado de segurança aos líderes sul-americanos. O trabalho é feito pela Coordenação de Proteção à Pessoa, da Diretoria da Polícia Administrativa da PF. Mais de 120 policiais federais estão particiando.
Dos policiais federais, cerca de 50 são da Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial (Sesp), que é responsável pela segurança direta do presidente Lula.
A proteção direta de autoridades estrangeiras é feita a partir do momento em que elas chegam ao Brasil e prosseguem até a hora que elas deixam o país, com escolta ao hotel e ao aeroporto.
Veja a programação oficial do evento:
- 8h45: Chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
- 9h: Chegada dos presidentes da América do Sul
- 10h: Fotografia oficial dos líderes da America do Sul
- 10h15: Abertura da reunião com discurso de Lula
- 10h45: Sessão de trabalho
- 13h30: Almoço oferecido pela Presidência da República
- 15h: Diálogo entre presidentes
- 18h: Encerramento da reunião
- 18h35: Partida dos presidentes do Palácio Itamaraty
- 20h30: Jantar oferecido pela Presidência da República
Quem deverá participar:
- Alberto Fernández (Argentina);
- Luís Arce (Bolívia);
- Gabriel Boric (Chile);
- Gustavo Petro (Colômbia);
- Guillermo Lasso (Equador);
- Irfaan Ali (Guiana);
- Mário Abdo Benítez (Paraguai);
- Chan Santokhi (Suriname);
- Luís Lacalle Pou (Uruguai);
- Nicolás Maduro (Venezuela);
- Alberto Otárola (presidente do Conselho de Ministros do Peru)
(Com informações Agência Brasil de Notícias)
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