Por Jad Laranjeira/Portal FolhaMax
O deputado federal Emanuelzinho Pinheiro Neto (MDB) acusou o ex-procurador Geral de Justiça, José Antonio Borges, de estar perseguindo o seu pai, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, para ser nomeado desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso pelo governador Mauro Mendes (União Brasil). A declaração foi feita nesta quinta-feira (16), em entrevista ao Jornal Primeira Página, da Rádio Centro América FM.
De acordo com o parlamentar, Borges teria sido conivente com as ações do gestor estadual para boicotar chefe do Alencastro. “Não adianta proteger. O procurador Geral de Justiça, José Antonio Borges, tem um prêmio a ser recebido, que é ser desembargador do Estado. E para isso ele tem que fazer uma caça as bruxas ao prefeito Emanuel Pinheiro, quer sejam fatos verídicos ou inverídicos, que você será desembargador do Estado. Não é o MPE. É o José Antônio Borges”, afirmou.
A declaração do deputado se refere aos pedidos feitos por Borges, enquanto chefe do MP, para que a Justiça de Mato Grosso determinasse intervenção estadual na Saúde da Capital. O pedido chegou a ser acatado e a intervenção aconteceu por um período de oito dias até que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) acatou o recurso ingressado pelo Executivo Municipal e suspendeu a intervenção.
Segundo o parlamentar, mesmo após a determinação, Borges continuou anexando relatórios e pedidos de agilidade no julgamento do mérito do pedido no TJ, dias antes de deixar o cargo. Emanuelzinho ainda afirmou que os membros do órgão ministerial tem ciência da postura de perseguição de Borges.
Para ele, o fato ficou evidente durante eleição para a composição do Conselho Superior do MP para o biênio 2023/2025. Borges, dos nove membros escolhidos, foi um dos que menos recebeu votos, ocupando o penúltimo lugar, com 128 votos computados, ficando a frente somente de Roberto Aparecido Turin que recebeu 117 votos.
No total, 257 membros participaram do pleito. “O MPE sabe disso porque teve uma eleição do Conselho do MPE que é quem julga as advertências e irregularidade nas atuações de promotores. De nove vagas, ele procurador geral de Justiça, ficou em penúltimo lugar, saindo do seu trabalho. Acha que as pessoas não enxergam isso?” criticou.
A tendência é que ainda neste ano seja aberta uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça para indicação do MPE.
MAURO E BRT
O deputado medebista também acusou o governador, de ter familiares com relação societária junto ao Consórcio BRT, que tem sido motivo de "briga" entre os Pinheiros e os Mendes. O imbroglio já envolveu diversas acusações feitas por ambas as partes, e desta vez Emanuelzinho falou ter documentos que comprovem a relação, que segundo ele, serão divulgados em breve.
“Você sabia que os familiares do Mauro Mendes tem relações com consórcios que estão participando do BRT. Tem relação societária, alguém fala isso? Estamos preparando toda documentação e eu vou colocar meu nome aqui para entrar numa sociedade que a lei vede, o uso de “laranja”, uso de outras pessoas, para que a polícia e as outras instituições tenham como enxergar”, afirmou.
O parlamentar ainda relembrou a época que o governador de Mato Grosso, enquanto prefeito de Cuiabá, também era favorável a instalação do VLT, e questionou sua abrupta troca pelo BRT. “O governador Mauro Mendes quando era prefeito de Cuiabá apoiava o vLT e questionava porque iria trocar para o BRT, e pra onde iria jogar o dinheiro investido. E agora subitamente ele afirma que o VLT tem que ser trocado por BRT, porque o VLT “é fruto da corrupção”, sendo que quando ele era o prefeito de Cuiabá na época autorizou as obras e acompanhou todos os projetos”.
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