• Cuiabá, 10 de Setembro - 2025 00:00:00

PCDF prende bolsonarista que planejava atentado em Brasília


Por Lucas Neiva - Portal Congresso em Foco

Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) localizou e prendeu o responsável por planejar um atentado terrorista a bomba próximo ao aeroporto de Brasília. De acordo com o diretor-geral da corporação, Robson Cândido, o autor é um empresário que veio do Pará para se juntar ao acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército, onde manifestantes exigem um golpe militar para impedir a posse de Lula (PT) na próxima semana.

O plano do atentado foi descoberto na manhã do último sábado (24), quando funcionários da Inframérica – empresa que administra o aeroporto – encontraram a caixa com explosivos na rua de acesso. Autoridades policiais desarmaram o artefato, e pela noite localizaram o apartamento alugado pelo terrorista durante sua estadia em Brasília. Ele mantinha um arsenal com duas escopetas, um fuzil de precisão, diversas pistolas além de outros explosivos caseiros.

O terrorista, de 54 anos, possui registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), categoria de posse de arma que ganhou popularidade na gestão Bolsonaro por conta das medidas de facilitação ao acesso. Segundo Robson Cândido, porém, o arsenal mantido por ele era irregular, e ,portanto, ele vai responder também por posse e porte ilegal de arma de fogo.

Nas redes sociais, o futuro ministro da justiça, Flávio Dino, se manifestou sobre o atentado. “Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível”, declarou. De acordo com ele, os quadros indicados para assumir a Polícia Federal em sua gestão também acompanham de perto a situação.

Esta já é a segunda vez que o acampamento deu margem para atos terroristas: no início do mês, manifestantes tentaram invadir delegacias e bloquearam o centro da cidade, onde incendiaram ônibus, tentaram invadir delegacias, espalharam botijões de gás incendiados pelas ruas, queimaram veículos de moradores e atearam fogo a um carro dentro de um posto de gasolina.

Flávio Dino também afirmou que seguirá com as investigações sobre o financiamento aos atos depois de empossado. “Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”, ressaltou. O presidente Jair Bolsonaro não de manifestou, bem como o atual ministro da Justiça, Anderson Torres.

 

 

AUTORIA

Lucas Neiva

LUCAS NEIVA Repórter. Jornalista formado pelo UniCeub, foi repórter da edição impressa do Jornal de Brasília, onde atuou na editoria de Cidades.

lucasneiva@congressoemfoco.com.br




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