Eluise Dorileo
Todos os anos cerca de 13 mil suicídios são registrados no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. A grande maioria são jovens. Desses suicídios, cerca de 96,8% estavam relacionados a transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Aceitar o luto pela perda deste ente ou pessoa querida é muito complicado e difícil. A família precisa buscar ajuda, apoio terapêutico, grupos de apoio ao luto para superar essa fase.
Geralmente temos que conviver com uma imensa tristeza, culpa, revolta e diversas perguntas que ficam sem respostas. "Por que isso aconteceu? Como eu não percebi nada? Será que pode acontecer de novo com a minha família?". Todos querem uma resposta.
Por ser uma situação de difícil compreensão, às vezes os parentes e os amigos se afastam ou não sabem como falar do tema, deixando essas pessoas em situação de grande vulnerabilidade.
Não adianta ficar preso na busca do 'por quê?', já que a resposta foi embora com quem morreu e na verdade a gente não vai encontrar causas, porque o suicídio é sempre resultado de um conjunto de fatores..
Acontece que ninguém sabe como falar com você a respeito, então, simplesmente, ninguém fala nada. Então as pessoas parentes se sentem isoladas. As pessoas têm medo e abre uma distância entre você e as pessoas. A dor não passa se você não puder falar. É um momento de compartilhar a dor, oferecer o ombro e não evitar a pessoa enlutada.
Falar a respeito pode ser um alívio. Às vezes, senão for com um amigo, ou familiar, pode-se procurar ajuda profissional como um psicólogo ou um psiquiatra. E porque não um grupo de apoio de pessoas que já passaram pelo mesmo drama estão agora ajudando outras com sua experiência de vida.
Na verdade podemos comparar o suicídio a um tsunami, que destrói tudo, mas com o tempo e com ajuda pode-se se reconstruindo o que se perdeu a partir de uma nova realidade da vida e buscar ser feliz convivendo o antes e o depois do ocorrido. Por isso, é importante falar sobre essa tristeza que se está sentido por essa perda e ter alguém que te escute. Na terapia é onde se encontra essa apoio, não porque está com transtornos mentais, mas porque precisa compartilhar esse turbilhão de sentimentos que assolam sua cabeça com a partida daquela pessoa.
Lembre-se que a vida continua e devemos sim seguir em frente. Podemos não superar, mas aprenderemos a aceitar e conviver com o que temos para hoje.
Bora para a Vida!
Eluise Dorileo é psicóloga, terapeuta familiar e maestria nas novas constelações quânticas.
Email eluisedorileo@hotmail.com
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