Da Assessoria
Com a emissão de R$ 40 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), o Grupo Raça Agro (GRA) se torna a primeira revenda agropecuária do país a atuar na bolsa de valores (B3). Em parceria com a XP Empresas e a Ecoagro, a operação permitirá a continuidade de expansão da companhia criada a partir da fusão da AgroBoi, Zootec e Suprema.
“Na prática, significa novos meios e fontes de capitais privados e menor dependência de capitais governamentais”, explica o CEO João Antônio Fagundes. Tendo em seu portfólio produtos como suplementos animais, ração, sementes, fertilizantes, herbicidas, vacinas e medicamentos veterinários, o Grupo Raça Agro conta atualmente com treze lojas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Até março de 2022, o grupo contará com vinte lojas, passando a atuar também nos estados de Goiás e Pará.
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa lastreados em recebíveis. Por meio dele, as empresas colocam seus recebíveis em uma securitizadora, que emitirá os títulos e os disponibilizará para negociação no mercado de capitais.
Fagundes explica que para a companhia poder se credenciar a emitir títulos, precisaram passar por uma auditoria dos recebíveis pela KPMG auditores independentes, o que comprovou que o crédito da agropecuária é muito sólido, garantindo maior segurança para os investidores. “O pecuarista, em média, é um cliente muito conservador, muito solvente e o ativo de animais no pasto é um bem líquido, ou seja , ele sempre tem alternativa para ter dinheiro em caixa”, detalha o CEO.
Outro fator que contribui para a segurança dos CRAs são os mais de 10 mil clientes do grupo nos últimos três anos. “O ticket médio da revenda da pecuária é muito menor que o da revenda agrícola, mas, por outro lado a gente faz mais vendas para um universo muito maior de clientes”, detalha.
Para se ter uma ideia, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de 2020 ficou em R$ 1,10 trilhão, sendo que 70% correspondem ao setor agrícola e 30%, ou um pouco mais de R$ 390 milhões, é da pecuária.
Apesar dessa diferença, a pecuária conta com um rebanho de 200 milhões de animais e, de acordo com a Embrapa, as exportações que já chegaram a US$ 8,5 bilhões até novembro devem continuar crescendo em 2022, assim como é esperado um aumento do consumo interno. A atividade do setor também tem um forte impacto social, uma vez que está presente em 100% dos municípios brasileiros com uma grande concentração de pequenos e médios produtores, estimulando uma melhor distribuição de renda no país.
Sustentabilidade
Além disso, a pecuária tem investido constantemente em tecnologia para aumentar a produtividade e mostrar que é uma atividade sustentável. “À medida que o produtor aumenta a produtividade, ele deixa de ser deficitário em relação ao carbono, uma vez que o pasto cresce com mais velocidade e fixa carbono na terra, gerando saldo positivo”, finaliza o CEO.
A dieta balanceada de bovinos e outros animais de leite e corte, tem incorporado ingredientes nutricionais que acelera o crescimento dos bezerros e diminui a produção de gás metano proveniente da ruminação.
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