Da Assessoria
Um dos principais defensores da autonomia produtiva e econômica dos povos indígenas, o deputado federal José Medeiros (Podemos) destaca a importância do acesso ao crédito financeiro para ampliar a produção em diferentes etnias. Além do crédito, que vem sendo discutido pelo Governo Federal, Medeiros cita o programa de incentivo à produção realizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que investiu nos últimos dois anos cerca de R$ 30 milhões em projetos de etnodesenvolvimento em todo o país.
“Além do financiamento de projetos, a Funai vem entregando tratores para apoio às atividades produtivas em diversas aldeias no país, inclusive em Mato Grosso. Esse maquinário contribui para ampliar a produção e ajuda na segurança alimentar da aldeia. Os povos indígenas precisam de uma linha de crédito para ter liberdade para produzir e gerar renda. O estado não pode ser um atrapalhador como defende as organizações não governamentais (ONGs). A miséria dos indígenas é o principal negócio dos canalhas que faturam alto com essas ONGs”, disse Medeiros durante a abertura do I Seminário Nacional dos Agricultores Indígenas: Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade, em Brasília, na última sexta-feira (13).
O etnodesenvolvimento e a sustentabilidade também serão temas de um seminário regional que será realizado pela Funai em Cuiabá. A abertura do seminário será nesta terça-feira (17), às 9 horas, no Hotel Fazenda Mato Grosso. A assessoria da Funai, em Brasília, informou que existe a previsão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participar do encerramento do evento no dia 19 (quinta-feira), às 10 horas, e fazer a entregas de tratores para várias comunidades indígenas do estado. A ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Flávia Arruda, e o presidente nacional da Funai, Marcelo Xavier, também vão participar do seminário.
Entre os projetos de etnodesenvolvimento já consolidados que contam com o apoio da Funai estão a produção de café especial pela etnia Paiter-Suruí (RO), a pesca esportiva no Parque do Xingu (MT), a produção de castanha pela etnia Cinta Larga (RO), o manejo do pirarucu por indígenas Paumari (AM), a produção de camarão pelos Potiguara (PB), o cultivo de erva-mate por comunidades Guarani e Kaingang (PR) e de arroz pelas etnias Xavante e Bakairi (MT).
*Parecis*
Na semana passada, durante uma live, o presidente Bolsonaro elogiou a atuação do deputado José Medeiros em defesa dos povos indígenas. Bolsonaro afirmou que foi por meio dos índios Paresi, de Campo Novo dos Parecis (MT), que a discussão sobre a liberdade de produção avançou.
“O índio até pouco tempo era tratado como animais em zoológico, ficava na reserva para outros povos fazerem turismo. Nós estamos mudando isso aí. Quero deixar bem claro que a questão dos Paresi começou lá atrás. Um grande incentivador disso aí é o deputado Medeiros de Mato Grosso, que tem me assessorado com este tipo de informação. Essa é a política que a gente quer fazer…”, declarou Bolsonaro. (Com informações da Funai)
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