Rafaela Maximiano - Da Redação
Mesmo com o aumento significativo no número de casos registrados de covid-19 em Mato Grosso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) mantém a posição de que todos os municípios mato-grossenses configuram na classificação de risco baixo de infecção pelo coronavírus. Porém, os dados apontam para um eventual colapso no sistema considerando municípios como Rondonópolis, Sinop, Cáceres, Juína e Nova Mutum.
Vale destacar que o boletim da Saúde de Mato Grosso confirmou ontem (6) 23 mortes em 24 horas - sendo notificadas 2.072 novas confirmações de casos de coronavírus no Estado. Ainda conforme os dados na quarta-feira, "dos 185.745 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 5.491 estão em isolamento domiciliar e 174.814 estão recuperados".
O critério para classificação de riscos das cidades é a taxa de ocupação de leitos covid nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias. Conforme boletim divulgado, até ontem, dia 06 de janeiro, 10 dos 21 hospitais pactuados com o Estado que possuem UTIs para pacientes com covid ultrapassaram a taxa de 60%, chegando a 100% em Rondonópolis, 90% em Juína e Nova Mutum, 85% na Santa Casa, hospital São Benedito e no Pronto-socorro em Cuiabá, em Sinop Água Boa e Rondonópolis.
Outros quatro hospitais estão classificados com ocupação de 50% e sete UTIs estaduais com ocupação abaixo de 50%.
A ocupação de enfermarias em hospitais pactuados para receberem pacientes infectados pela covid-19 também aumentou e estão em alerta em Sorriso, Sinop, Agua Boa, Pontes e Lacerda, Cáceres e Cuiabá.
Ao todo Mato Grosso possui 418 leitos de UTIs (Adulto e infantil) e 876 leitos de enfermaria para pacientes diagnosticados pelo novo coronavírus e controlado pelos dados estatísticos da SES-MT.
Conforme a gerente da Vigilância Epidemiológica de Cuiabá, Flávia Guimarães, “de acordo com os critérios estabelecidos pelo Estado, que tem a média dos últimos 7 dias da taxa de ocupação, os municípios ainda estão classificados com risco baixo. Mas, pelo que já vivenciamos no pico da pandemia, sabemos que esse cenário muda rapidamente. Neste momento, nós estamos com risco baixo porque um dos critérios para avaliar o risco é a taxa de ocupação. Nossa taxa de ocupação ainda nos classifica numa posição confortável, mas temos que manter o alerta porque isso muda muito rápido”.
Já a Secretaria de Estado de Saúde respondeu que “a classificação de risco para adoção de medidas restritivas de controle e combate ao coronavírus possui quatro níveis divididos por cores: baixo (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) e muito alto (vermelho). Os níveis são determinados pela taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede pública estadual de saúde e pelo índice de crescimento da doença nos municípios. A classificação ainda leva em conta os municípios com menos de 50 casos ativos; entre 51 a 150 casos ativos e mais de 150 casos ativos da covid-19”.
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