A experiência de ficar em casa para diminuir a intensidade da proliferação do novo coronavírus fez com que o lar ganhasse ainda mais importância. A qualidade de vida passou a ser fundamental para quem estava procurando um imóvel para comprar. Outras famílias, mesmo durante a pandemia, preferiram trocar o apartamento pequeno e funcional para um lugar onde pudessem ficar bem acolhidas e com opções de lazer.
Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontaram que a crise econômica deste ano, embora tenha diminuído em quase 30% os lançamentos de novos condomínios horizontais ou verticais, não prejudicou o interesse do consumidor. As vendas de imóveis registraram um aumento de 8,4% por cento no primeiro trimestre de 2020, comparado com o mesmo período de 2019.
Na visão do diretor da Ginco, Julio Braz, mesmo com menos empreendimentos disponíveis, há uma tendência de que as vendas continuem em alta devido a dois fatores. A pandemia ainda não acabou e há uma possível segunda onda, então as famílias continuarão buscando boas opções de moradia. Outro fator é que com a instabilidade da economia, investir em imóveis é sempre uma aposta segura.
“Existe a possibilidade de uma segunda onda da doença, então a pessoa sabe que mais cedo ou mais tarde ela vai viver uma coisa parecida de novo. Então está todo mundo tentando se organizar. E outra coisa é porque hoje o dinheiro no banco não rende nada. Então é uma possibilidade de fazer um pequeno investimento”, pontuou Braz.
Em Mato Grosso, com a perspectiva de crescimento nas vendas, a tendência é que é que as os lotes residenciais e imóveis disponíveis durem pelo menos dez meses. Ou seja, sem novos lançamentos, a disponibilidade de ofertas se esgotam dentro deste período. Em tempos normais, número chega aos 15 meses.
De acordo com Braz, outro fator que influencia é o ciclo dos negócios. Para que um novo empreendimento seja construído, são pelo menos cinco anos entre projeto, aprovação, lançamento, construção e todo o planejamento para execução do residencial.
“Pelas minhas contas vamos ter um vácuo de aproximadamente dois anos para reequilibrar e ter mais estabilidade entre a oferta e a procura. Quando não tem empreendimento pronto, as pessoas começam a comprar de terceiros. Se não temos lotes, consumidores vão procurar outras pessoas, que colocam um preço mais alto e isso tudo inflaciona o mercado”, relatou.
Novos conceitos em moradia
Para os próximos dois anos, serão entregues pela Ginco o Florais do Parque, no Jardim Itália, e o Florais Chapada, na saída de Cuiabá. Eles devem ser entregues em 2021 e 2022, respectivamente.
No entanto, a construtora planeja lançamentos de condomínios horizontais com conceitos diferenciados, ainda não vistos no estado.
A proposta da Ginco para 2021 é lançar não somente um produto, mas um bairro completo, com vias planejadas, comércio, empreendimentos, áreas verde e de lazer. “Este novo conceito faz parte de um programa arrojado de estruturação urbana e que vai ao encontro do crescimento natural da cidade”, finaliza Braz.
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