• Cuiabá, 18 de Setembro - 2025 00:00:00

Deputados reforçam decisão do Estado sobre o modal BRT


Da Redação

O Governo do Estado, lançando estratégia que visa massificar a decisão de optar pelo modal BRT - e encerrando a etapa "VLT", reforçou as divulgações de apoio - conferidos desta vez por deputados estaduais.

Assim, o deputado Wilson Santos (PSDB) e a deputada Janaina Riva (MDB), acentuaram o cenário dos defensores do BRT - validando a posição do Executivo de Mato Grosso.

O Estado também enfrenta "contratempos" - considerando as discordâncias sobre o assunto, como as pontuadas recentemente pelo senador Wellington Fagundes (PL) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) - além de agregarem nesse contexto - respaldo do PT que ontem (23) emitiu nota em reação à decisão do Governo.

Já a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), se alinha à posição do Estado. 

Confira as informações do Estado:

O deputado Wilson Santos elogiou a decisão do Governo de Mato Grosso, de promover a  substituição do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) movidos a eletricidade em Cuiabá e Várzea Grande. Para ele, a decisão foi “acertada” e trará somente benefícios, uma vez que o modal de transporte já está implantado e em pleno funcionamento em várias cidades do Brasil, o que atesta sua eficiência. 

As declarações acerca do modal foram feitas após reunião em que o governador Mauro Mendes apresentou aos deputados estaduais os estudos técnicos elaborados pelo Governo do Estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, que subsidiaram a decisão de mudança do modal. 

“A decisão do governador de optar por este modal foi acertada. Esse modal está em Curitiba, está sendo implantado em São José dos Campos, em Campinas, no Rio de Janeiro. O VLT do Rio de Janeiro, por exemplo, está próximo da falência. O Brasil não tem essa cultura ainda e Cuiabá e Várzea Grande vão receber o modal que lá em 2010 deveria ter sido feito”, disse Wilson.

Ainda segundo o deputado, a mudança traz inúmeras vantagens, principalmente ao cidadão usuário do sistema de transporte coletivo, quando no comparativo com a implantação do VLT.  Isso porque o valor da tarifa será mais acessível, a possibilidade de prolongamento dos corredores do BRT é maior, além de ser uma obra de mais rápida execução e de menor custo. 

“Muito mais barato, mais rápido para construir, velocidade maior, leva mais gente. Se quiser expandir para o Pedra 90, vai, para o Santa Isabel também, lá para o Três Barras. Muito mais rápido. Parabéns ao governo que decidiu e decidiu acertadamente”, afirmou. 

A tarifa está prevista para ser na faixa de R$ 3,04, enquanto que com o VLT, a tarifa ficaria em torno de em R$ 5,28. Já os investimentos estão estimados na ordem de R$ 430 milhões, com aquisição de 54 ônibus elétricos, e as obras devem durar até 24 meses.  

O VLT, por outro lado, custaria em torno de R$ 763 milhões para a conclusão das obras, que tem previsão de término somente em 48 meses. “A malandragem, propina e corrupção fez do processo do VLT estar completamente contaminado. Isso não se resolve em menos de 20 anos juridicamente e não é justo para o contribuinte que isso se arraste, com obra parada”, disse o deputado, que já foi prefeito de Cuiabá.

Wilson parabenizou ainda a coragem da atual gestão do Governo, de apresentar uma solução para o imbróglio que era a retomada ou não do modal de transporte.  “Parabéns ao governo que decidiu, enfim. A pior resposta era a indecisão, a continuação desse assunto, paralisado. Entrava ano e saía ano e tudo parado. E o contribuinte pagando. Primeiro, a decisão. Uma decisão acertada.”, concluiu.

Confira as informações sobre a posição da deputada Janaina Riva - conforme assessoria:

Após reunião no auditório Garcia Neto, no Palácio Paiaguás, realizada na manhã desta quarta-feira (23.12), em que o governo do estado expôs prós e contras e a diferença de valores de implantação entre os modais Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), a vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputada estadual Janaina Riva (MDB), se diz convencida que o BRT será muito melhor para Cuiabá. A parlamentar revela que até antes ter acesso ao estudo técnico ainda tinha dúvidas sobre a viabilidade de ambos.

“Depois de ver todos os pontos do projeto achei corajosa e pontual a atitude do governo do estado. Foram 2 anos de muito estudo, para a tomada de decisão. Antes eu tinha dúvidas a apresentação e o estudo técnico me deixaram convicta de que o BRT é o melhor modal para nossa realidade, inclusive porque pode ser expandido e atender mais pessoas. Isso sem contar na tarifa, que se comparada ao que seria até 42% menor que a do VLT.  Conforme o estudo técnico, a tarifa do VLT custaria R$ 5,28, enquanto a do BRT ficaria em R$ 3,04 – o que representa uma tarifa 42% mais barata em comparação com a do VLT”, disse a parlamentar.

Segundo Janaina, a densidade demográfica cuiabana é uma das menores dentre as capitais do País e isso dificulta a implantação do modal VLT, encarecendo a tarifa. “Precisamos ser práticos e olhar para o Futuro. A realidade do Brasil e do VLT como o melhor transporte em 2011 era diferente da realidade que temos hoje. Nesses 6 anos de vida pública, uma coisa eu levo comigo é que temos que ser práticos e não ter preguiça de fazer acontecer e é isso que o governo do estado quer fazer com a decisão pelo BRT. A implantação do BRT vai ser mais barata e menos danosa à população que já sofreu tanto com as obras do VLT. Árvores foram arrancadas, empresas ficaram inviabilizadas com as obras, fora o dinheiro público gasto em algo que agora eu percebo, ser inviável para a realidade da capital”, explica.

O valor da tarifa atrativa do BRT foi calculado em um cenário “otimizado”, em que a frota completa de 54 ônibus seria adquirida pelo Poder Público, e com o investimento de R$ 430 milhões para toda a implantação. Enquanto para o término do VLT, seria necessário mais R$ 763 milhões, que somado com o R$ 1,08 bilhão já pago, custaria aos cofres públicos cerca de R$ 1,8 bilhão.

“O BRT trará uma revolução na mobilidade das duas maiores cidades do nosso estado com a construção até mesmo de ciclovia que com certeza também foi um diferencial e uma tendência mundial. Além do investimento, a construção do BRT trará empregabilidade e movimentará a economia dos locais em que o mesmo passará. Temo apenas uma judicialização por parte do consórcio mas acho que a população já sofreu demais e espera uma união e uma tomada de decisão rápida de todos os poderes públicos”, finaliza.

 

Com Secom-MT




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