Da Redação
"Pela primeira vez, há um orçamento correto e dentro da realidade financeira de Mato Grosso. Não é fácil fazer uma análise rápida de um ano para o outro. Mas pelo menos tem que ser regrado à realidade financeira do estado", disse o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) - destacando ainda que o orçamento do Estado para 2021 "está mais enxuto e traz um orçamento detalhado e destinado às pastas de governo. Em anos anteriores, segundo ele, os orçamentos estavam subfaturados e subestimados".
A análise ocorreu após audiência pública - hoje (24) - na AL, por intermédio da Comissão de Constituição e Justiça e Redação (CCJR), por meio de videoconferência, com a equipe econômica do governo, que debateu o Projeto de Lei Orçamentária Anual, mais conhecida como PLOA 2021, que prevê um orçamento de R$ 22,114 bilhões.
O prazo para entrega de emendas ao texto original do PLOA 2021, segundo Dal Bosco, é até a próxima sexta-feira (27). "Na semana que vem (segunda, terça e quarta-feira), a CCJR vai analisar as emendas apresentadas e, com isso, colocá-las, se possível, em votação no Plenário", disse.
De acordo com o parlamentar, o período é muito curto para aprovar o PLOA em 2020. "Vamos fazer de tudo para aprovar este ano, mas se não tiver condições, o presidente Eduardo Botelho deve convocar os deputados em janeiro. A AL não entra em recesso enquanto não votar o orçamento", explicou.
O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou que a receita do PLOA 2021 foi elaborada baseada nas premissas de estimativas que estão em consonância com os parâmetros e indicadores econômicos. Segundo ele, a receita considera ainda os efeitos das alterações na legislação tributária estabelecidas por meio da Lei nº 631/2019.
Na apresentação do PLOA 2021, Rogério Gallo disse que o governo deve iniciar o pagamento das emendas impositivas dos deputados, de R$ 171,9 milhões, a partir do mês de maio de 2021. Vale lembrar que 50% desses recursos são divididos às áreas de educação (25%), saúde (12%), esporte (6,50%) e cultura (6,50%) e os outros 50% de livre escolha dos parlamentares.
Um dos questionamentos feitos pelo deputado Lúdio Cabral (PT) foi em relação à renúncia fiscal por parte do governo do estado em 2021. Em resposta, Gallo afirmou que o governo vai abrir mão de algo em torno de R$ 4,8 bilhões. “O governo reduziu a renúncia em torno de R$ 1,2 bilhão. O valor inicial era de aproximadamente R$ 6 bilhões. Isso foi reduzido graças à Lei Complementar nº 631/2019 (remissão e anistia de créditos tributários relativos ao ICMS)”, explicou Gallo.
Para 2021, o PLOA faz a projeção da distribuição do orçamento para os Poderes:
Assembleia Legislativa – R$ 562 milhões
Tribunal de Contas do Estado – R$ 391 milhões
Tribunal de Justiça do Estado – TJ – R$ 1,692 bilhão
Executivo – 18,781 bilhões
Ministério Público do Estado (MPE) – 532 milhões
Defensoria Pública – R$ 153 milhões
Além de Dilmar Dal Bosco, participaram da audiência pública de forma presencial os deputados Delegado Claudinei (PSL), Henrique Lopes do Sintep (PT) e Wilson Santos (PSDB), e por videoconferência o deputado Lúdio Cabral (PT).
Com Comunicação AL
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