Da Redação
O presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco (PT), questionou, nesta quinta-feira (20), o argumento apresentado pelo governo do estado "para não pagar o auxílio emergencial no valor de R$ 1.100,00 aos professores da categoria V da rede pública estadual, em virtude da situação de emergência em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)".
A comissão pontuou que "a lei nº 11.157, que determina o pagamento do benefício, foi promulgada pela Assembleia Legislativa no dia 26 de junho, após derrubada do veto do governador".
Por meio de ofício encaminhado à Assembleia Legislativa, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) afirma que a categoria “V” de professores “não está abarcada em nenhuma das categorias dos profissionais da educação básica do estado de Mato Grosso, trazidas pela Lei Complementar nº 50/1998 e sequer nos ditames inaugurados pela Lei Complementar nº 600/2017”.
Pontuou que "conforme a Seduc, o cargo de professor é subdividido em classes e níveis, e não em categorias, como discriminado na lei aprovada pelo parlamento estadual".
“A Assembleia aprovou esse auxílio emergencial para os professores interinos que estão sem contratos em função da irresponsabilidade e negligência do estado. Todos sabem que o governador vetou, nós derrubamos o veto, ele não sancionou. O presidente Eduardo Botelho fez a publicação no Diário Oficial da Assembleia e agora o governador não quer cumprir e aí ele vem novamente usando subterfúgios”, disse Barranco.
“Oras, esse profissional foi inserido por ele mesmo, pelo grupo dele, os deputados da base dele é que apresentaram ao nosso projeto de lei um substitutivo que retirou a obrigação do estado de contratar os profissionais e deu-lhes o direito de receber um auxílio emergencial e eles que, em comum acordo com o governo do estado, inseriram a categoria V. Se não existe a categoria V, então é má fé do governo, que colocou no texto do substitutivo uma denominação que não existe, já com o objetivo de, logo ali adiante, vetar e criar subterfúgios para não cumpri-lo”, criticou.
Diante da situação, Valdir Barranco informou que "a Comissão de Educação buscará meios judiciais para questionar o argumento apresentado pelo governo e assegurar o direito aos professores interinos". “O governador, mais uma vez, está tripudiando com a tarefa da Assembleia Legislativa. Vamos estudar com o nosso jurídico para encontrarmos o caminho que devemos seguir, porque não resta outra alternativa. Com o governador agora é só nos meios judiciais e nós vamos fazer a luta”.
Com Assessoria
Ainda não há comentários.
Veja mais:
O competidor mora ao lado: a evolução da manufatura e o papel da China versus Japão
PC mira grupo acusado de esquema para desviar cargas de soja
Operação: Polícia Militar reforça segurança nos municípios de MT
PM confirma prisão de membros de facção que queriam matar rival
Empresas afetadas por tarifaço podem pedir crédito do Brasil Soberano
Estado destaca: MT tem 2ª safra de milho com recorde de produção
Operação aponta irregularidades em bombas de combustíveis de MT
TCE alerta sobre ações a prevenção ao suicídio entre crianças
Violência institucional e responsabilidade de empresas: lições do caso TAP
TJ destaca: consumidor barra ação de cobrança de cheque prescrito