Da Redação
Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, fez um prognóstico de extremo alerta nesta terça-feira (9) – considerando o estrangulamento no sistema de saúde – leia-se municípios de Mato Grosso. Gilberto Figueredo asseverou a necessidade de cidades com números em extrema ascensão, caso de Cuiabá e Várzea Grande, tomarem de forma urgente, medidas mais enérgicas.
"Preciso ser franco com a população. Agora, os casos vão aumentar, a situação vai piorar. É importante que a população não crie perspectiva de que a situação está cômoda, porque não está".
O secretário destacou que os registros de coronavírus crescem em torno de 5% ao dia – e que nos últimos 15 dias, dobraram os casos da Covid-19 em Mato Grosso (ontem somaram 4.243 registros da Covid-19 em Mato Grosso e 123 mortes).
Considerou o colapso nas UTIs da Santa Casa e Hospital Metropolitano. Disse que o Estado se esforça para abertura de novos leitos, como “mais 30 no Hospital Metropolitano (além dos 40 já existentes)”.
Não está sob controle, vai crescer de forma brutal, e a situação deve se agravar. Vai aumentar o número de casos e não vai ter UTIs para todos.
Em relação ao município de Cuiabá pontuou que “no momento em que tínhamos poucos casos fechou (isolamento social e fechamento de estabelecimentos). Agora com esses números, abre (estabelecimentos). Se ele (prefeito Emanuel Pinheiro) vai pensar nisso (medidas de revisão) deve fazer rápido”.
O secretário alfinetou a gestão da Capital: cadê os leitos do hospital São Benedito? Observou que a crise no sistema público também ocorre com mais ênfase em outros municípios polo do Estado.
“Não é só em Cuiabá, aconteceu em Rondonópolis, Tangará da Serra”.
Em relação a Cáceres em que o prefeito Francis Maris assinalou colapso na saúde – e falta de UTIs, Figueiredo disse que “eu queria saber quantos leitos o prefeito disponibilizou para Covid? Lá tem um hospital regional e que atende população de Cáceres. O hospital não tem estrutura para instalar leitos de UTI – e vamos edificar área nova para novos leitos – mas vai gastar no mínimo 40 dias”.
Acentuou que a “não criação de novos leitos de UTIs” ocorre também em “Sinop, Rondonópolis e Sorriso”. “Não criaram leitos de UTI – e deixaram nas costas do Estado. E preciso que todos façam esforço”.
Sobre respaldo do Governo, o secretário disse que “o Estado já deixou portaria para apoio – mas basta que os municípios se movimentem pra isso. Enfim, estamos buscando alternativas. Não é questão de recursos, mas de infraestrutura”.
Denúncia – compra respiradores
O secretário lembrou que infectologista de renome, Abdo – que auxilia na avaliação sobre os equipamentos. Assegurou a qualidade dos equipamentos. “Já está publicado. Acho que não colocaria sua credibilidade à prova”.
Ontem, em nota, o Executivo considerou sobre o assunto que “o Dr. Abdon Karhawi, especialista em infectologia e professor universitário, desmentiu as fake news surgidas nos últimos dias e garantiu a qualidade dos 120 respiradores que o Governo de Mato Grosso adquiriu no exterior”. Destacou que "as fake news também foram desmentidas por um laudo elaborado pela equipe técnica do Hospital Estadual Santa Casa e outro da empresa que fez a testagem dos equipamentos".
Conforme o Governo, “as notícias falsas, que circularam em alguns sites e grupos de WhatsApp, afirmavam que os equipamentos não serviriam para tratar pacientes de coronavírus. A afirmação teria base em supostos relatos de supostos médicos do hospital, cujos nomes sequer foram citados”.
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