Da Redação
“É uma questão humanitária no momento em que a pandemia estabeleceu também uma crise econômica financeira. As demissões vão criar mais dificuldade para estas pessoas e as suas famílias, pois não vão encontrar outro emprego agora, lembrando que sair de casa para procurar emprego estarão colocando em risco a própria saúde e também de seus familiares, principalmente dos idosos e de outros grupos de risco”, alertou o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga.
A pontuação de Fraga ocorre na defesa de professores interinos que não tiveram os contratos renovados. Fraga orienta prefeitos "a não demitir os professores interinos dos municípios". Ele ressalta que neste período em que as aulas estão suspensas, o momento é de solidariedade com os professores. Por outro lado, o Governo Federal está sinalizando os recursos para suprir as áreas essenciais, não somente a saúde, mas também a educação. “Vale destacar que muito pouco dos recursos anunciados pelo Governo Federal, chegaram ás prefeituras” disse ele.
Fraga avalia que os municípios estão na linha de frente no combate a disseminação do coronavírus, e a preservação da saúde das pessoas é prioridade. As lideranças políticas, na sua opinião, tem que ter mais sensibilidade e um entendimento melhor do que o mundo todo está vivenciando neste momento, antes de tomar as decisões e medidas que geram insegurança e mais sofrimento para as pessoas.
O presidente da AMM destaca que essa situação vem chamando atenção. Os professores efetivos estão preservados e vão receber os seus salários normalmente, enquanto os interinos estão sendo tratados de maneira diferente. “Estes profissionais da educação tem que ter o mesmo direito. É importante que sejam tratados com igualdade, pois merecem todo o respeito das autoridades e de toda a sociedade”, argumentou. São milhares de professores tanto na rede estadual quanto municipal contratados de forma temporária. E agora muitos deles estão ameaçados de perder o emprego.
A Assembleia Legislativa também saiu em defesa dos professores contratados e interinos. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira, o presidente, Eduardo Botelho criticou a decisão tomada pela secretaria estadual de Educação de suspender os contratos.
O parlamentar também considerou que não é justo e disse que é um contrassenso neste momento. ”Os funcionários das empresas estão todos em casa e ninguém falou nada de não pagar salários. É um momento diferente e acho que o governo tem que rever isso, não é ir dizendo vai embora, quando puder a gente chama você, que história é essa?”, questionou Botelho
Argumentou ainda que é uma dificuldade atrás da outra. “Eu acho um mau exemplo que o governo está fazendo de suspender o contrato dessas pessoas agora. “Não tem sentido, o governo, com essa visão estreita, insensível, desumana, desamparar milhares de trabalhadores que são os contratados temporariamente”, disse o presidente da Assembleia Legislativa.
Com Agência AMM
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