• Cuiabá, 17 de Setembro - 2025 00:00:00

É ruim para o país e não dá bom exemplo, diz Jayme Campos sobre gastos de campanha


Da Redação

“Acho que é um escárnio isso aí. Eu particularmente sou contra. Acho que não tem que ter Fundo Partidário. Quem quer ser candidato tem que fazer com recursos próprios ou doações de quem quer que seja, não com tributos recolhidos do cofre do Governo Federal serem repassados para Fundo Partidário” disparou o senador Jayme Campos (dem), ao avaliar proposta no Congresso que prevê aumento de recursos destinados ao Fundo Partidário, passando de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões.

Destacou que “vou votar contra, aumentando o tom das críticas sobre "gastos do Congresso com hotel, aluguél de carro" e outras despesas. Acrescentou que "acho que no momento de crise, que o país precisa de dinheiro para tudo, educação, saúde, segurança, agora R$ 3,8 bilhões, sacar da Educação para fazer Fundo Partidário, é muito ruim para o país, e não dá nenhum bom exemplo”.

Jayme Campos asseverou ainda que já manifestou no Senado sua contrariedade acerca do tema. “Já manifestei contra. Acho que os R$ 2 bilhões que estava aprovisionado lá no ano anterior, era medida razoável, mas sou favorável que se acabe com o Fundo Partidário. Essa é minha opinião”.

Senado

Questionado pela imprensa sobre a proposta do relator do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), de aumentar o valor do fundo eleitoral, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reforçou na última quarta-feira (4) que sempre defendeu o financiamento privado de campanhas. Ele lembrou que, quando o assunto foi analisado pelos parlamentares, votou a favor do financiamento privado. No entanto, segundo Davi, neste momento não há outra alternativa para financiar as campanhas municipais do próximo ano.

"Eu votei a favor do financiamento privado de campanhas. Tem que arrumar um instrumento para viabilizar a democracia. A gente precisa ter consciência de que, em vez de falar, tem que fazer o que é certo. Eu perdi no voto. O instrumento que foi encaminhado foi o do financiamento público. Se há um conflito, vamos debater isso também. O certo é que, neste ano, o único instrumento será o financiamento público, e temos que fazer o que é certo", argumentou o presidente do Senado.

Nesta terça-feira (3), o deputado Domingos Neto propôs na Comissão Mista de Orçamento (CMO) ampliar o valor do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões. O governo havia proposto R$ 2 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

Para virar lei, o projeto do Orçamento para 2020 (PLN 22/2019) precisa ser aprovado pela CMO e pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta formada por deputados e senadores.

 

Com Agência Senado




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