CONGRESSO EM FOCO
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que deixará estados e municípios de fora da reforma da Previdência se não houver declaração expressa de apoio dos governadores à proposta até esta terça-feira (2), quando ele voltará a se encontrar com chefes dos Executivos estaduais. Logo após o encontro, o relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), fará a leitura de seu voto complementar. O relatório lido por ele excluiu os servidores municipais e estaduais da reforma.
"O nosso limite é a terça-feira. Na terça-feira, o relator apresenta o relatório e votamos na comissão especial, para que fique pronto [para ser votado] no plenário na semana seguinte", disse Maia.
O presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou ao Congresso em Foco que ainda aposta na reinclusão de estados e municípios na reforma e que tem “otimismo cauteloso” quanto à possibilidade de votação do texto no colegiado ainda esta semana. Isso vai depender, segundo ele, da aprovação ou não de um requerimento que deverá ser apresentado pela oposição para adiar a votação.
“Acho que as resistências podem ser afastadas com a demonstração clara do esforço dos governadores de conseguirem votos de deputados dos seus estados e dos seus partidos. Acho um equívoco deixar pra agosto. O Brasil não pode mais esperar. Mas entendo que é preciso absoluta segurança de se terá os votos pra aprovação da matéria”, defendeu. Ramos acredita que a proposta poderá ser votada na próxima quinta (4).
Servidores estaduais e municipais foram excluídos do relatório de Samuel em decorrência da resistência de governadores a declarar apoio à reforma da Previdência e a trabalhar para conquistar votos nas bancadas estaduais. Se não chegarem a um acordo até esta terça na comissão, cada governador terá de negociar com sua assembleia estadual a aprovação de proposta com regras específicas.
Embora a oposição e setores do chamado Centrão (bloco informal composto por PP, PL, DEM, PRB e Solidariedade) tentem adiar a votação da reforma para agosto, Maia ainda acredita que o texto poderá ser votado pelo plenário antes de 18 de julho, quando começa o recesso parlamentar.
Na semana passada, a comissão especial encerrou a fase de discussões do parecer. Após a votação do relatório no colegiado, o texto será apreciado no plenário da Câmara e precisará de uma aprovação de três quintos dos deputados (308) em dois turnos. Caso aprovada, a proposta segue para análise dos senadores.
Na quinta-feira (27), o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em Brasília, para buscar um avanço na acomodação dos estados na reforma da Previdência. O encontro ocorreu no dia seguinte à visita de governadores do Nordeste ao Congresso.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também esteve no encontro e afirmou que a equipe econômica vai trabalhar para apresentar uma proposta que agrade aos governadores.
“Esperamos que até segunda-feira (1º) se possa ter um entendimento com os governadores, que permita a vinda deles a Brasília na terça-feira (2) para poder haver uma manifestação pública da construção de um entendimento” disse.
Durante as conversas com os parlamentares na semana passada, os governadores afirmaram que a reforma como está não resolve o problema de caixa dos estados. Eles reivindicaram a aprovação de projetos que aumentem os recursos dos governos locais.
Com informações da agências Brasil e Câmara
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Tribunal de Justiça de Mato Grosso alerta sobre golpe do pharming
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio
Gestão documental: a base para transformar IA em vantagem competitiva
Governo e UFMT: parceria para estudo sobre cadeia de fertilizantes
MP: réu é condenado a 10 anos e oito meses por atropelamento
Ministério da Fazenda ajusta projeção da inflação para 4,8% em 2025