Da Redação
Mesmo com entendimento do Tribunal de Justiça de que Governo e trabalhadores da Educação devem buscar a conciliação visando encerramento da greve, as vozes fortes no Palácio Paiaguás acentuam interpretação de que a posição do Executivo deve ser mantida, ou seja, dificilmente o governador Mauro Mendes (DEM) irá recuar da decisão de não conceder, no momento, à pauta de reivindicações que prevê, entre outros pontos, reajuste salarial.
Secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, ao analisar o quadro, neste domingo (23), considerou uma seara "difícil", em relação ao atual contexto, e não deu sinais de que o Executivo possa voltar atrás do alerta sobre as dificuldades de ordem financeira - além das barreiras legais - leia-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estadual - com limites atingidos no quesito despesas com pessoal.
Secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, seguiu a mesma linha, assinalando hoje que "sobre a greve, ainda continuamos acima do limite de gastos com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Enfim, como temos dito, não é questão de vontade, mas de impossibilidade por força de impedimento legal", cravou.
No TJ, a desembargadora Maria Erotides Kneip, conduziu a resolução do quadro para o Núcleo de Conciliação do TJMT, em ação proposta pelo Sintep. Entendimento é de que caberá ao Ministério Público Estadual (MPE) integrar as discussões.
Desde o início da greve na Educação o Governo tem acentuado o discurso de que o Estado não tem condições de atender os pleitos dos trabalhadores do setor. A posição do Executivo é resguardada pelo MP - em apontamentos sobre a LRF e ainda pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Tomando como base jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), o Governo como forma de enfrentamento ao impasse, estabeleceu o corte de ponto de grevistas - e conta com aval do TJ nesse sentido.
Na Assembleia Legislativa, grupo de parlamentares tenta intermediar solução para o caso, mas admite dificuldades considerando as afirmativas do Governo sobre incapacidade de atender a pauta. Vozes da oposição do Legislativo, como o deputado Lúdio Cabral (PT), destacam eventual possibilidade de o Estado ceder - analisando pontos como aumento da arrecadação.
O Executivo por sua vez reconhece avanços na receita, se comparado ao mesmo período de 2018 - mas lembra que as despesas com a folha do funcionalismo cresceram em percentual acima da arrecadação.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio
Gestão documental: a base para transformar IA em vantagem competitiva
Governo e UFMT: parceria para estudo sobre cadeia de fertilizantes
MP: réu é condenado a 10 anos e oito meses por atropelamento
Ministério da Fazenda ajusta projeção da inflação para 4,8% em 2025
VG: Operação da Rotam prende três pessoas por tráfico de drogas