Da Redação
A expansão econômica como alternativa para alavancar a arrecadação do estado sem aumentar a carga tributária, já que na ponta quem paga é o cidadão. Essa foi a proposta apresentada nesta semana pelo setor produtivo do comércio de Mato Grosso ao governador Mauro Mendes (DEM), em reunião que contou com a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
Para a Fecomércio-MT, a proposta das entidades visa estimular o aumento da arrecadação estadual, sem onerar a população, que é quem paga a conta do aumento de impostos. “O principal personagem que é penalizado com o aumento da carga tributária é o cidadão, que paga mais impostos. O empresário é, apenas, um mero repassador desses impostos ao governo”.
O encontro foi representado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL/MT), Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), Associação Matogrossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad), Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá).
O documento entregue ao chefe do Executivo estadual foi elaborado pela equipe econômica-tributária das entidades e confirma, segundo o xsetor, "que o aumento de impostos amplia a crise que já acomete o país, pois as empresas do comércio local irão sofrer, ainda mais, com a concorrência provocada pelo uso crescente do comércio eletrônico, além da concorrência com estados vizinhos, que possuem menor carga tributária".
A importância do comércio para população
A proposta ressalta também a importância do comércio para a economia e a empregabilidade no estado, além de ser o principal arrecadador da principal fonte de recursos do governo estadual – o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Para se ter uma ideia, o setor do comércio, sozinho, representou 66% da fonte de receita do estado, que somou mais de 6,7 bilhões de reais em 2018.
Para o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Dilmar Dal Bosco (DEM), que participou da reunião, ressaltou o empenho da classe empresarial ao apresentar a proposta, considerada solidária pelo deputado. “O pedido dessa reunião, feito pelo presidente da Fecomércio-MT, é muito importante e mostra que tanto o setor produtivo quanto o governo buscam resolver os problemas de Mato Grosso”.
O documento reforça ainda a imprescindível manutenção da carga tributária, inclusa nas disposições da lei complementar nº 160/2017 e convênios nº 190/2018 e suas alterações, que deverá ocorrer até o dia 31 de julho de 2019. Para isso, Dilmar Dal Bosco confirmou que o governo pretende encaminhar até a próxima semana, o texto que trata do assunto, para ser discutido na ALMT, antes do recesso de julho.
A não manutenção da carga tributária atual do ICMS, acentuará a forma predatória da guerra fiscal, através de benefícios que continuam largamente sendo oferecidos por outros estados brasileiros.
A proposta também aborda a grande diferença da alíquota cobrada para empresas inclusas no Simples Nacional, em relação aos demais regimes de tributação do ICMS no estado. Por exemplo, a carga tributária média de ICMS de uma empresa no Simples é de 7,5% e salta para uma tributação média de 19% no regime normal, o que, na prática, gera desestímulo no empresariado e influenciando no progresso das empresas e, por conseguinte, na arrecadação do estado.
Participaram da reunião, além das entidades envolvidas no trabalho, o Sindicato Mato-grossense de Armazéns Gerais (Sindimag), Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor de Mato Grosso (Sincad-MT) e Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT).
Com Assessoria
Ainda não há comentários.
Veja mais:
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio
Gestão documental: a base para transformar IA em vantagem competitiva
Governo e UFMT: parceria para estudo sobre cadeia de fertilizantes
MP: réu é condenado a 10 anos e oito meses por atropelamento
Ministério da Fazenda ajusta projeção da inflação para 4,8% em 2025
VG: Operação da Rotam prende três pessoas por tráfico de drogas
TJ: fazenda com herdeira e banco condenado a pagar honorários e custas