Da Redação
"Não tem ministro da Economia que vai se sustentar com desemprego acelerado, como está acontecendo. Se não retomar o desenvolvimento, com geração de emprego, não vai ter como se sustentar", disparou o senador Wellington Fagundes (PL-MT) ao participar de audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado que debateu a definição e importância do Plano Estratégico do Arco Norte, por onde são exportados grande parte da produção de grãos do Centro-Oeste.
O parlamentar defendeu nesta terça-feira, 18, a união política e estratégica dos Estados que integram a Amazônia brasileira para o desenvolvimento logístico da região. Ele revelou ter lançado alertas aos ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para que ajustem ações a favor da melhoria do cenário econômico, com consequente geração de emprego, e também de investimentos nas rodovias em todo país, cuja conservação atualmente estão em nível de médio para baixo.
Da mesma, segundo o senador, é preciso que o Governo dê as condições adequadas ao trabalho que vem sendo desenvolvimento pelo Ministério da Infraestrutura. Ele pediu que o Governo invista, sobretudo, na manutenção das rodovias. Wellington alertou para o risco de se "voltar o tempo dos tapa-buracos, como antigamente". No entanto, ele defendeu o trabalho desenvolvimento pelo ministro Tarcísio de Freitas: "Tem demonstrado muita competência, ministro que está arrecadando para o Governo" - salientou.
Presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura, Wellington Fagundes disse ser fundamental que haja interação de esforços entre os Estados que formam a Amazônia brasileira. Sobretudo no tocante a necessidade de investimentos em ferrovias e também no modal aquaviário de forma integrada. "Mato Grosso está no Centro-Oeste do Brasil, portanto, distante dos portos". Ele lembrou que atualmente os portos que integram o Arco Norte vêm sendo abastecido com a produção apenas pelas BRs 364 e 163.
Integram o Plano Estratégico de Movimentação de Cargas pelo Norte do país os portos de Porto Velho (RO), Itacoatiara (AM), Santana (AP), Barcarena, Vila do Conde e Itaituba-Miritituba (PA) e Itaqui (MA). A participação do Arco Norte, na movimentação portuária para fins de exportação de soja e milho, passou de 20% em 2010 para aproximadamente 40% em 2018.
No Estado, há duas ferrovias projetadas, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) ligando Água Boa a Campinorte, em Goiás, na ligação com a Ferrovia Norte-Sul; e a Ferrogrão, ligando a região produtora de Mato Grosso até Itaituba, no Pará, numa extensão de 933 quilômetros. Além disso, Fagundes defendeu solução para as BRs 080 e 242, que cortam a região do Vale do Araguaia, assim como a BR-158, a qual manifestou preocupação com o fato de o Governo decidir pelo chamado traçado original: "Faltam projetos e estudos ambientais, que, para ficarem prontos, vão levar quatro anos, sendo otimista" – disse.
Armazenamento
Para o senador Wellington Fagundes, o debate sobre as necessidades de infraestrutura logística deve ter profunda reflexão sobre a situação do sistema de armazenamento. Ele afirmou que a armazenagem é estratégica, ao enfatizar que na BR-163, que liga as zonas de produção de Mato Grosso até os portos de Miritituba e Santarém, no Pará, "a carga fica mais no caminhão que nos projetos de escoamento de produção". Ele questionou a atuação governamental nessa área e defendeu financiamento à iniciativa privada.
A recuperação viária em grande parte da BR-163, segundo o senador do PL de Mato Grosso, "minimizou os problemas", mas o fenômeno da falta de planejamento continua causando grandes prejuízos. "A carga sai toda ao mesmo tempo. Perde o produtor, perde o transportador, perdem todos. Na verdade, alguém está ganhando com isso" – destacou. Esse procedimento, segundo ele, também causa desgaste nas rodovias especialmente porque a safra é escoada aos portos no período de chuvas.


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