Paulo Lemos
Fico abismado de ser chamado de comunista ou marxista, embora muita coisa se aproveite dos escritos de Marx - nem tudo, é verdade -, pelo simples fato de falar em justiça social, paz, amor e soberania nacional.
Igualdade entre os povos, sem discriminação, liberdade de cada um ser quem é, sobretudo quanto à orientação sexual e sua cor, sem temor da repressão, até da demonização alienada e violência gratuita fruto dos preconceitos estabelecidos, sabe-se lá por quem.
Fraternidade aos pobres e miseráveis do mundo todo, não carentes de esmola, mas de emancipação, pois ninguém nasceu para sobreviver em condições desumanas, bem como a reprovação das guerras, que nada justifica, a não ser a cobiça.
Tratam-se de princípios universais de civilidade e humanitarismo. Nenhum "ismo".
Nem mesmo o Cristianismo pode querer se adonar deles, como se fossem seus inventores.
Sócrates, Confúcio e outros já tratavam deles muito tempo antes. Verdade que Jesus também, em que pese a igreja não, em sua grande parte.
Ou deveríamos soltar várias bombas atômicas e mísseis, para explodir o Mundo inteiro, caso esses princípios estejam criminalizados e tenhamos nos tornado em pessoas que não se importam mais com o próximo, seja ele quem for, como um preso, um despossuído, um negro, um indígena e uma transexual?
Não sou comunista, tampouco marxista, embora reconheça várias descobertas no campo da economia política, principalmente, de leis imutáveis do capitalismo, além das suas distorções, como o acúmulo do capital, a luta de classes, vista todo dia no noticiário, e a exploração da força de trabalho do trabalhador, havendo uma gigantesca diferença do soldo dele, que é quem faz o serviço, soluciona o problema e deixa o cliente satisfeito, e o empregador que lucra muito encima dele, o que se chama de mais-valia.
Sou apenas um ser humano, de carne e osso, muita luta, muitos erros e acertos e muitos sonhos!
Defendo a condição humana e os direitos humanos por acreditar que são o que temos de mais avançado dentro e fora da institucionalidade, para resguardo da integridade física, mental e existencial, todas como parte da dignidade da pessoa humana, e o protagonismo político e social, com base no direito fundamental da cidadania.
Paulo Lemos é advogado e professor universitário em Mato Grosso.
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