Da Redação
Ao considerar que a liberação das emendas parlamentares pode ser flexibilizada, mediante garantia de “suporte financeiro no orçamento do Estado”, o governador Mauro Mendes (DEM) mandou duro recado aos insatisfeitos. Mendes asseverou que a única forma na atual conjuntura de cumprir na íntegra o pagamento de emendas, seria “aumentar impostos”, ou seja, “o cidadão” é que poderia ter que arcar com o ônus da cobrança das emendas.
“Eu concordo (sobre o direito dos parlamentares receberem as emendas). Agora, só tem que me dizer de onde vai tirar o dinheiro. Não basta ter orçamento, não basta ter emenda. Tem que ter o dinheiro. Se tiver o dinheiro, OK, eu pago. Será que se eu chegar para o cidadão e disser ‘tem que pagar as emendas parlamentares dos municípios. Você cidadão vai pagar essa conta. Vou aumentar os impostos.’ O cidadão quer? Se eu falar que vai pagar as emendas e arrumar mais R$ 150 milhões e eu tenho que aumentar mais 15% ou 20% de ICMS da energia elétrica para arrecadar esse dinheiro, o cidadão topa? Com certeza não”, disparou.
O chefe do Executivo estadual acentuou ainda, nas explicações sobre a ciranda financeira, que não é o Estado o produtor de riqueza, mas sim o cidadão “pagador de impostos”.
Se eu falar que vai pagar as emendas e arrumar mais R$ 150 milhões e eu tenho que aumentar mais 15% ou 20% de ICMS da energia elétrica para arrecadar esse dinheiro, o cidadão topa? Com certeza não
“Então meus amigos nós precisamos entender essa realidade definitivamente. O Estado não produz riqueza, o Estado brasileiro, a União, os municípios. Quem produz riqueza é o cidadão. Vou repetir isso muitas vezes pra ver se as pessoas entendem isso. Não existe dinheiro do Estado, existe o dinheiro do cidadão, dinheiro das empresas que o Estado pega para poder fazer gestão. Se hoje não tem esse dinheiro e quer arrumar uma despesa nova, vai ter que pegar mais dinheiro no bolso do cidadão, no bolso das empresas”, assinalou.
Mauro Mendes destacou ainda os esforços no sentido de flexibilizar o pagamento de emendas. E fez questão de “explicar” o funcionamento do orçamento do Estado, sendo uma estimativa de arrecadação sujeita às nuances de desempenho da economia.
“Orçamento é um número no papel que se manda para a Assembleia e a Assembleia aprova aquilo. Agora, depois você tem que arrecadar esse dinheiro para poder executar esse orçamento e nós não temos esse dinheiro. O que estamos arrecadando hoje mal dá pra pagar as contas do presente, quem dirá as contas do passado. Então compreendendo bem essa realidade, todos nós, vamos ter que trabalhar mais, fazer esse Estado ser mais eficiente, cortar gastos desnecessários, fazer mais com menos, e aí sim, eu quero trabalhar muito com os municípios. Eu acredito que esta é a melhor forma de dar eficiência ao dinheiro público.”
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Ministério da Fazenda ajusta projeção da inflação para 4,8% em 2025
VG: Operação da Rotam prende três pessoas por tráfico de drogas
TJ: fazenda com herdeira e banco condenado a pagar honorários e custas
Mato Grosso e a incapacidade energética
Família não é salvo-conduto para ferir: acolhimento salva vidas
Receita: MT alcança R$ 40 bilhões em arrecadação de impostos
Integração ministerial
Inovações inconstitucionais na Ação Penal 2668
Ministério Público anuncia oito vagas para Promotor de Justiça
PC prende homem acusado de ameaçar, agredir e morder ex-namorada