Sonia Fiori
Depois de muita discussão, enfim a crise da Santa Casa de Misericórdia está a um passo do fim com a decisão do governador Mauro Mendes de o Estado assumir a gestão do hospital. Não se esperava menos do chefe do Executivo estadual, considerando a meta de avançar nas resoluções sobre a saúde pública mesmo enfrentando momento desafiador, com um caixa “quebrado” em quase R$ 4 bilhões.
Mendes relutou em se posicionar, mas diante da situação grave no contexto de fechamento das portas da Santa Casa, amargando salários atrasados dos funcionários, optou em dar a resposta que a população e representantes dos Legislativos nas esferas municipal, estadual e federal, aguardavam.
Pedidos de intervenção foram postos sobre a mesa do prefeito Emanuel Pinheiro, se pronunciando sobre a necessidade de apoio do Estado e Governo Federal – assinalando os serviços prestados na Santa Casa serem em maioria referente à pacientes de municípios do interior de Mato Grosso.
Não cabia no orçamento de Cuiabá a intervenção, sendo foco da gestão municipal a conclusão do funcionamento do Hospital Municipal de Cuiabá – abrigando o novo Pronto Socorro – que também deve gerar debate em torno dos atendimentos a pacientes do interior.
Se cabia no bolso do Estado assumir a Santa Casa? Com certeza a decisão de Mauro Mendes foi tomada face ao necessário e urgente socorro, já que vidas estavam em risco. Então a posição do governador de Mato Grosso foi a de agir como chefe de Estado em atendimento aos preceitos da Constituição – resguardando o direito do cidadão à saúde pública – mesmo sobre uma instituição privada que é a Santa Casa – sendo um braço no atendimento ao SUS.
No dia do anúncio, na quinta-feira (2), à mesa no Palácio Paiaguás, além de autoridades, políticos, representantes da saúde, estava o prefeito Emanuel Pinheiro – que aplaudiu a decisão do governador Mauro Mendes – lembrando a medida acertada e considerando o papel do Estado sobre a saúde aos pacientes do interior – em torno de 70% na Santa Casa.
Necessário também se faz reconhecer a importância da união e esforços de todos os envolvidos nesta causa, em especial sobre o alinhamento político à resolução de crises na saúde pública. E se espera a continuidade dessa postura por parte de todos em nome da vida!
Parabéns!! A sociedade mato-grossense, sendo maioria dependente do Sistema Único de Saúde, tem agora uma perspectiva menos dura sobre a saúde pública.

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