Da Redação
Governador Mauro Mendes (DEM) contextualizou a grave crise nos cofres do Estado que refletem diretamente serviços públicos sucateados por "decisões equivocadas", sem citar diretamente a gestão Pedro Taques. A exposição do quadro negativo sobre as finanças de Mato Grosso ocorreu durante o seminário “Ajuste fiscal ou Desgoverno” no Tribunal de Contas do Estado, na quinta-feira (25).
De acordo com o governador, se o Estado não alinhar um ajuste fiscal, com uma receita no mínimo igual a despesa, “começa a gerar desgoverno”.
“Quando você gasta mais do que você arrecada, não importa se é no governo estadual ou federal, ou se é na nossa casa: você vai desequilibrar. Se você faz opções erradas, daqui a pouco começa a faltar dinheiro. E foi assim que aconteceu em Mato Grosso, com opções erradas e decisões equivocadas”, disse.
O reflexo disso, segundo explicou o governador, é diretamente sentido pelo cidadão, com o sucateamento dos serviços públicos, ou seja, com a falta de medicamentos, atendimento médico, combustível para abastecer viaturas, mais de cinco mil km de estradas precárias, entre tantas outras coisas.
“Precisamos construir o equilíbrio. A despesa precisa ser menor do que a receita. Caso contrário, seremos todos afetados com isso. Não teremos ambulâncias e nem dinheiro para investir na segurança. Isso mexe com a vida de todos nós. Equilibrar as finanças de Mato Grosso é um desafio gigante, mas é possível e eu acredito nisso”, ressaltou.
Durante o evento, o governador destacou as medidas já adotadas na busca pelo equilíbrio fiscal, como a não correção salarial, a não realização de concursos públicos e a análise dos incentivos fiscais.
Na ocasião, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, considerado um dos melhores do país, demonstrou que o Estado de Mato Grosso está no rumo certo, ao ter tomado medidas consideradas impopulares, mas que serão eficientes a médio prazo para o equilíbrio fiscal e retomada de investimentos.
“O governador não se candidatou para Miss Simpatia. Se tivesse se candidatado, não teria aprovado as medidas”, disse ele, acrescentando que as medidas adotadas são importantes para a reorganização do Estado.
Ainda segundo Hartung, o que um governante precisa é sair do caminho fácil, que é a demagogia, e partir para a firmeza. “O gestor que assim age lá na frente ele será compreendido”, ressaltou.
O evento também contou com a palestra do secretário de Fazenda, Rogério Gallo. Em sua fala, ele destacou a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado, que foi aprovada em janeiro pela Assembleia Legislativa, medida que irá auxiliar e muito na condução do Estado até o equilíbrio fiscal.
Com Assessoria
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