Da Redação
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal de Cuiabá para apurar os repasses de recursos públicos à Santa Casa de Misericórdia terá muito trabalho a partir da próxima terça-feira (09). A análise é do presidente da CPI, vereador Toninho de Souza (PSD).
“Vamos começar os trabalhos focados na gestão financeira do hospital. A caixa preta da Santa Casa passa pelas operações bancárias, pagamentos, recebimentos e, sobretudo, pela destinação dos recursos de empréstimos e emendas parlamentares”, revelou.
Nesta sexta-feira (05), a CPI oficia a direção do hospital sobre as informações e os documentos a serem requisitados. Já na quarta-feira (10) serão convocados os depoentes, entre eles, diretores e funcionários da Santa Casa, funcionários públicos e representantes de empresas de equipamentos hospitalares.
Toninho de Souza deixa claro que irá apertar o cerco e deverá concluir os trabalhos dentro do prazo previsto, de 120 dias, ou em menos tempo. “O quanto antes terminarmos essa investigação o hospital voltará a atender pacientes e retomará a sua rotina. Digo isso, porque depois de desvendado o rombo e apontado os culpados para que o Ministério Público e a Justiça possam fazer a sua parte, os financiamentos à saúde vão voltar. Não vamos julgar ninguém antecipadamente, mas é lógico que há responsáveis por essa crise que já ceifou muitas vidas e tirou a paz e implantou a fome entre os seus funcionários”. De acordo com ele, não está descartada a possibilidade de pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário da Santa Casa para confrontar informações.
O presidente da CPI ressalta que para receber recursos da prefeitura e do Governo Federal a Santa Casa de Cuiabá terá que comprovar que parte da sua dívida é por atendimentos feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Caso contrário, a situação vai piorar”, observa. A dívida com serviços vendidos e não realizados e empréstimos supera R$100 milhões, situação que levou ao fechamento definitivo da unidade hospitalar desde o dia 11 de março.
Uma das medidas levantadas para a reabertura da Santa Casa de Misericórdia, segundo Toninho de Souza, é a intervenção por parte do Município. No entanto, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fez opção por solicitar à Justiça, por enquanto, apenas a destituição da diretoria da Santa Casa. “Temos que buscar uma solução amigável, mas os culpados pelo caos precisam ser identificados e punidos”, finalizou.
Com Assessoria
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