Emanuel Pinheiro avalia convites de 10 partidos e saída do MDB vira incógnita

Em Política
20/03/2019 08:03:12

Sonia Fiori - Da Editoria

A lista de partidos que cortejam o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para eventual filiação é integrada, por enquanto, por 10 legendas: PTB, PR, PP, PRB, PV, SDD, Avante, Podemos, PSB e PSDB. Contudo, não há nada definido sobre deixar os quadros do MDB.

Os convites, segundo fonte, partiram de líderes partidários ou por meio de representantes, leia-se na Câmara Municipal, Assembleia Legislativa e bancada federal.

Candidato natural à reeleição, Emanuel Pinheiro ainda não teria definido o projeto 2020. Os convites se tornaram mais pontuais nos últimos dias em razão do clima de mal-estar no MDB, provocado pela posição do deputado federal Valtenir Pereira, ocupando cadeira de Carlos Bezerra – licenciado, de ataques a Pinheiro.

O parlamentar, que coloca seu nome como via na corrida ao Palácio Alencastro, sugerindo prévias no partido, não encontra o esperado amparo na cúpula do MDB estadual e municipal. O desconforto passa pela análise, inclusive, de expulsão do deputado dos quadros da agremiação, como acentua fonte.

Pinheiro confirmou recentemente acenos de “várias” siglas, e preferiu não adentrar na seara de detalhamento. Conversas em relação ao Podemos passam pela via nacional, mas em entendimentos ainda embrionários.

O contexto de "conquista", no entanto, pode não evoluir no grau esperado, ou seja, de desfiliação. Isso porque no MDB, Emanuel Pinheiro encontra forte amparo político, leia-se no enredo que envolve a prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado.

O MDB integra a base do governador Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa, e na liderança de Carlos Bezerra, deve buscar aproximação dos Executivos estadual e municipal.

O prefeito tenta respaldo do Estado para questões como a Saúde, mas se depara com “resistência” de Mendes para afunilamento das articulações, que pontua dificuldades financeiras do Executivo para atender todos os municípios.

No grupo de Pinheiro, a leitura de alguns líderes é de que a posição de Mendes denota resquícios da campanha 2018, em que o gestor apoiou o então adversário do democrata na disputa ao Governo, senador Wellington Fagundes (PR).