Da Redação - FocoCidade
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma), Oscarlino Alves, destacou na manhã desta terça-feira (12) que a paralisação de mais de 30 categorias no Estado, por 24 horas, é um termômetro para medir o ânimo a respeito da possibilidade de ser deflagrada uma greve geral em Mato Grosso.
Em informes à imprensa, Alves acentuou que "temos milhares se servidores públicos com braços cruzados - em todas as áreas como a educação que está paralisado no segundo dia de aula. Fizemos apontamentos para as categorias e para o Governo", sobre os motivos que levam servidores a cruzarem os braços.
O líder sindical ressalta as tentativas frustradas e estabelecer acordo com o Governo acerca da política salarial, e critica o modelo aprovado pela Assembleia Legislativa - sobre pacote de leis, que segundo ele causa prejuízos ao funcionalismo.
Oscarlino Alves considerou ainda o cenário em que somente o servidor público do Executivo estaria sendo penalizado - e nessa esfera, questiona o valor do duodécimo dos Poderes e ainda o quadro de renúncia fiscal - beirando R$ 4 bilhões e em contrapartida, não ofertando os resultados esperados em termos de geração de emprego.
"O Estado está passando duodécimo para Poderes e altos salários em dia todo pagamento das verbas remuneratórias - deputados, conselheiros, tudo em dia com RGA, salário, 13º e não somos contra. Mas a Assembleia Legislativa, um quarteirão recebendo quase meio bilhão por ano - e a AL chegou a comprar mais de 150 ambulâncias - são indicadores de que vem de forma errada", disparou.
Renúncia Fiscal
"O Estado não pode abdicar de quase R$ 4 bilhoes - e que gozam cerca de 5% de empresas e critérios de contrapartida é a geração de empregos - e geraram menos de um posto por empresa. A evasão é muito grande. Lei kandir beneficia o agro - grandes produtores, então a conta não vai fechar nunca - e servidores estão sendo penalizados".
Parcela de sacrifício
"E o Governo fez opção política de mandar reforma sem discussão com as categorias - subordinadas ao Governo. O Executivo poderia ter chamado chefes de Poderes com diálogo para todos entrarem com parcela de sacrifício".
Paralisação
"A paralisação orientada pelo Fórum Sindical, com mais de 30 categorias, é um termômetro. O movimento sindical está cumprindo com a nossa obrigação como entidade sindical, já que o Governo não abriu diálogo. A exemplo de maio de 2016 fizemos movimentação no dia 17 de maio, outra no dia 24 de maio e paralisamos no dia 31 de maio de 2016. Estamos oportunizando o diálogo. Salários foram pagos parcialmente. Colocaram aposentados e pensionistas de forma lamentável nessa conta. Então hoje é um termômetro para ver qual é o ânimo das categorias ´para se conformar ou não".
Governo
Do lado do Executivo, a leitura é de que todos os esforços estão sendo feitos para resgatar o equilíbrio fiscal e financeiro dos cofres públicos de Mato Grosso, e nesse sentido, para colocar em dia o pagamento da folha do funcionalismo.
O Governo também rebate as críticas sobre "falta de diálogo", assinalando que foram abertos entendimentos, mas que diante da grave crise, o Estado se esforça para em médio prazo, garantir melhores condições sobre a política salarial - que depende necessariamente dos resultados do pacote de leis e enxugamento da máquina pública - além de medidas austeras para economia dos recursos públicos.
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