Da Assessoria - Crea/MT
A distribuição de água no mundo é um grande desafio. Diversos países travam disputas pelo acesso a água, enquanto outros sofrem as consequências da falta de abastecimento. Para as empresas de distribuição, um dos maiores desafios é a redução de perdas de água. E, na manhã do último 17 de janeiro, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), João Pedro Valente e a presidente da Associação dos Engenheiros Ambientais de Mato Grosso (Aeam-MT), Kamila Barros, participaram de uma palestra promovida pela empresa Águas Cuiabá sobre “Perdas de água – significado, impacto e estratégias inovadoras”.
“Nos foi detalhado a abordagem econômica de cada tipo de perda. Também que as perdas reais recaem sobre os custos de produção e distribuição da água, enquanto as perdas aparentes atingem os custos de venda da água, acrescidos dos custos da coleta de esgotos. Dessa forma, as perdas trazem impactos negativos para a sociedade, meio ambiente, receita das empresas e até mesmo aos investimentos necessários aos avanços do saneamento básico. Foi importante saber que a empresa de saneamento que atende nossa capital e outros municípios mato-grossenses está buscando métodos de controles de perda, uma vez que esse é o seu principal indicador de desempenho’, declarou o presidente do Crea-MT, João Pedro Valente.
A palestra foi proferida pelo sócio gerente da Water DB Soluções em Saneamento e consultor da Iguá Saneamento, controladora da Águas Cuiabá, Mário Augusto Baggio, no auditório da Estação de Tratamento de Água Central de Cuiabá. “O fenômeno de perdas vai além do que é visto. Fazer saneamento é uma soma de esforços, por isso convidamos para o debate formadores de opinião sobre o assunto”, explicou o diretor da Águas Cuiabá Luis Fabriani.
De acordo com o palestrante, o Brasil está no topo da lista dos países com maiores reservas de água. Entretanto, peca na distribuição desse bem. “Em grandes números, observa-se que a média brasileira de perdas de faturamento é igual a 37% e as perdas financeiras totais foram em torno de 40%. Essa porcentagem significa que os recursos não entraram como receitas no setor”, informou.
Em Cuiabá, Mário Augusto Baggio, informou que existem ao menos 10 mil ligações clandestinas e 40 mil fraudes em ligações legalizadas. Quanto às perdas, o balanço hídrico de 2018 apresentado mostrou que aproximadamente 60% é real e 40% aparente. “Exemplos de perdas aparentes são as ligações clandestinas, imprecisões em hidrômetros, já exemplo de perdas reais são os vazamentos em redes de distribuição, ramais e hidrômetros”, exemplificou.
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