Sonia Fiori
Quem conhece um pouco o estilo Mauro Mendes, somado ao perfil Otaviano Pivetta, governador de Mato Grosso e vice-governador, respectivamente, não está nem um pouco surpreso com as notícias que seguem sobre decisões de ordem pública – e pacote de leis enviado à Assembleia Legislativa, tampouco sobre a posição no contexto do pagamento da folha do funcionalismo, 13º e RGA.
As críticas sobre eventual “falta de diálogo”, pontuadas por sindicatos de servidores e também entidades do agronegócio, e nesse caso terão que contribuir mais, são absorvidas sob outra interpretação e na mesma intensidade do ponto de vista da meta do equilíbrio fiscal e financeiro.
Mauro Mendes abriu um canal de entendimento tímido com setores e entidades, mas diante da urgência de resolução sobre temas cruciais, deixou bastante nítida a posição que marca sua gestão desde o início: de tomar decisões rápidas, dar respostas – mesmo que a contragosto de partes interessadas, e de buscar resultados práticos e imediatos.
Ele e Pivetta já deram exemplo dessa atuação quando comandaram os municípios de Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Estão preparados para o enfrentamento e mais, dispostos a mudar o dramático panorama dos cofres públicos de Mato Grosso, amargando déficit bilionário.
Se a leitura de servidores é de falta do campo de debate e de acordo, caminhando para possível greve em fevereiro, do lado do Governo a pontuação é de que todos os esforços estão sendo feitos para garantir o pagamento dos proventos num Estado arrasado na esteira da política da administração Pedro Taques.
Mauro Mendes tem ciência sobre os riscos dos dissabores, mas demonstra estar mais empenhado na solução dos profundos problemas, do que propriamente preocupado com contratempos. E como observou o jornalista e analista político, Onofre Ribeiro, em recente avaliação: o governador tem capital político para queimar.
Em tempo, quando o Estado voltar a andar nos trilhos – que não os do VLT sendo isso um grande desafio – resgatando a dinâmica da evolução financeira, repasses em dia aos municípios, investimentos e quitação da folha dentro do mês trabalhado, mágoas serão só mais um ponto na conta do passado. Então as decisões de agora, podem ser bem mais assertivas do que negativas.
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