Da Redação - FocoCidade
Presidente do PSD de Mato Grosso, Carlos Fávaro protocolou carta renunciando ao cargo de vice-governador nesta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa, deixando espaço para mais uma crise no Governo Pedro Taques (PSDB).
Em publicação nas redes sociais, Fávaro explica o motivo da decisão, pautada no sentimento de dedicar-se ao projeto 2018 e com responsabilidade sobre o contexto da estrutura governamental.
Ocorre que o PSD atravessa celeuma, em razão da decisão do partido de declarar "independência" do Governo Taques. Deputados não concordaram e devem deixar os quadros do partido, como Wagner Ramos, Ondanir Bortolini, Pedro Satélite e Gilmar Fabris.
A "entrega de cargos" pontuada pelo PSD desagradou os parlamentares, que se aliaram ao projeto de reeleição do governador.
Fávaro possui base forte no agronegócio do Estado, e busca a disputa ao Senado com reforço de líderes como o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga.
Dono de um estilo resolutivo, Fávaro não poupou críticas à atual gestão quando não concordou com ações do Executivo. Ele e outros líderes do PSD abriram conversas com várias siglas, entre elas o PR que tem no nome do senador Wellington Fagundes, a via para disputar o Governo.
No leque de entendimentos também consta o DEM, que aposta nos nomes do ex-prefeito Mauro Mendes e do ex-senador Jayme Campos, para liderar chapa majoritária.
Enquanto isso, o bloco que defende a reeleição de Taques tenta arregimentar apoio do agro também, leia-se do megaempresário Eraí Maggi.
Confira o post na íntegra:
"Hoje, protocolei minha renúncia ao cargo de vice-governador na Assembleia Legislativa. Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso. A razão é simples: não poderia me dedicar a esse propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias recebendo o salário mensal de R$ 20 mil e nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à Vice-governadoria.
Desde que assumi o cargo de vice-governador, reduzi sensivelmente o tamanho da estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete.
Além disso, assumi por 20 meses a gestão da Sema - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um dos maiores desafios da minha vida e, com muito trabalho, planejamento e dedicação, apresentamos avanços em todas as áreas. Hoje, com certeza, temos uma secretaria muito mais eficiente e cumprindo o seu principal papel, que é a preservação do meio ambiente, sem atrapalhar o desenvolvimento econômico.
Agradeço aos eleitores que me elegeram e ao povo de Mato Grosso com a absoluta certeza de missão cumprida. Parto para esse novo desafio e não seria ético de minha parte trazer prejuízo ou despesa ao erário, utilizando-me de uma estrutura que foi criada para atender ao mandato de vice-governador. A nova política exigida pela sociedade não quer discurso, quer ação. Tenho convicção de que esta é a decisão mais acertada.
Obrigado a todos."
Carlos Fávaro
Vice-governador


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