Da Redação - FocoCidade
O governador Pedro Taques (PSDB) poderá arregimentar reforço ao plano de reeleição, e nomes como o do ex-prefeito Mauro Mendes tendem a perder no projeto 2018, num campo da desistência do ministro da Agricultura, Blairo Maggi de disputar a reeleição ao Senado. O quadro, com outros aspectos dessa seara, é assinalado pelo analista político Lourembergue Alves.
As possíveis mudanças podem ocorrer dado o campo reduzido de líderes políticos com envergadura nas eleições, e principalmente, por ausência de ideias e projetos. "Fala-se muito da suposta desistência da recandidatura do senador licenciado e atual ministro Blairo Maggi. Várias outras especulações se dão a partir daí. O filme é antigo, com igual script. Reprisando por duas vezes pelo mesmo ator. Isto porque o jogo político-eleitoral sempre de deu, e se dá em torno apenas de pessoas, nunca de ideias, projetos e programas", destaca Alves.
O analista cita os "arrranjos" e "rearranjos" políticos, que deverão atingir Mendes. "Por isso, o deslocamento de um dado nome, ainda que de capilaridade mediana, de um lugar para outro, de um lado para outro, ou no caso da renúncia, ocorrem os arranjos e, quase sempre, os rearranjos. Arranjos e rearranjos bastante frequentes. Bem mais quando se tem um quadro de instabilidade, crises e de ausências de nomes fortes com densidade eleitoral suficiente para atraírem outrem com muito menos capilaridade. O que explica, grosso modo, o porquê a suposta desistência (ainda não certa ) do senador licenciado Blairo na disputa mexe tanto com a chamada situação quanto com a oposição. Desistência que enfraquece sobremaneira a candidatura do ex-prefeito Mauro Mendes ao governo do Estado. Justamente porque ele não terá mais quem o leve pelas mãos ao seio do agronegocio (a condução pelo Blairo não candidato não surte o mesmo efeito), nem terá mais a campanha do Blairo a abrir-lhe espaço pelo interior."
Os reflexos para o ex-prefeito de um eventual projeto de disputar o comando do Estado, deverão ser mais negativos no interior do Estado. "Mauro Mendes, embora tivesse comandado a prefeitura da Capital, de maior vitrine político-eleitoral, não é conhecido por todo Estado. Ao contrário do Blairo, que é infinitamente mais conhecido do que o ex-prefeito. Este, portanto, é o que mais perde com a ausência do senador -ministro, além do senador Cidinho (risos)."
Espólio Campos
"Ainda que se possa estar ladeado com os ex-governadores Júlio Campos e Jayme Campos. Não seria a mesma coisa, uma vez que estes irmãos não contam com mandatos, nem tem uma das chaves das portas do agronegócio, tampouco tem proximidade com a imensa maioria dos municípios. Companhias necessárias as dos irmãos Campos, mas não o bastante."
Plano Paiaguás
"Perde-se igualmente o PP, que passa a ser do mesmo tamanho do partido nanico nas negociações sobre as chapas majoritárias, contado apenas como número, mais um, nada mais. Perde-se também uma possível chapa que pudesse estar sendo feita para fazer frente ao governador Pedro Taques. Pois a ausência do ministro - senador pode dificultar as adesões em maior número de políticos e partidos de estatura eleitoral mediana e pequena. O que, por outro lado, favorece e fortalece a chapa que venha a compor com o governador. Pois esta passa a ter maiores chances de atrair parceiros. Afinal, conta com a chave do cofre do Estado e com a caneta. Isto pode igualmente ser favorecido diante da necessidade da cúpula do agronegócio em continuar a frente da política regional."
Projeto Carlos Fávaro
"O vice-governador, Carlos Fávoro, mesmo sendo um representante genuíno do setor, não tem votos suficientes, nem cacife político-eleitoral para uma disputa pela chefia do governo estadual. O que obriga aquela cúpula a buscar outro nome, e a figura do atual governador, que não pertence ao setor, não está, nem foi descartado por ela, mesmo enfrentando desgastes significativos. Essa cúpula não pretende abandonar o jogo político-eleitoral, pois ela (tanto ou mais que as outras ) precisa estar perto do poder e ao lado de quem se encontra a frente da administração estadual."
Nome do PR
"O Welington Fagundes não é um de seus representantes, embora tenha adaptado seu discurso a favor da estrada e se colocado, aparentemente, como municipalista. Mesmo assim, sofre muitas resistências nos setores da pecuária e da agricultura. Além disso, seu baixo desempenho no Congresso Nacional, desde 1992, também lhe diminui as chances no conjunto do eleitorado. Ele, na verdade, dependendo das composições, um dos beneficiados com a presença do Blairo na disputa."
DEM
"Jayme Campos, aparentemente menos preso a decisão do ministro - senador, pode ser beneficiado com a suposta ausência do ministro Blairo, pois viria a concorrer com políticos que não estão a sua frente na corrida pelas vagas do Senado. Neste quadro de rearranjos político-eleitorais, vale repetir, com a ausência do Blairo Maggi no jogo eleitoral perde-se bem mais os grupos que se movimentam para o campo oposto ao do governador. É isto."
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