Da Redação - FocoCidade
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) assumiu o pagamento de dívidas do extinto Bemat (Banco do Estado de Mato Grosso) relativas aos servidores, em “acordo ilegal” articulado em 2012 pelos ex-deputados José Riva e Sérgio Ricardo, hoje conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), suspeito de integrar esquema de compra de vagas na Corte de Contas.
É o que pontua trecho da delação do ex-gestor de Mato Grosso. “Trata-se de acordo ilegal ocorrido provavelmente no ano de 2012, articulado pelo ex-Deputado José Riva e o deputado na época Sergio Ricardo, que hoje é Conselheiro do TCE/MT, para pagamentos de dívidas provenientes dos servidores do extinto BEMAT (Banco do Estado de Mato Grosso), sendo que o pagamento seria efetuado pelo Estado de Mato Grosso para os servidores, através dos advogados da Associação dos Servidores.”
O ex-governador acentua o valor combinado no esquema de desvio de dinheiro público tendo o Bemat como centro do acordo ilícito.
“O combinado seria o Estado pagar aproximadamente R$ 70 milhões de reais, sendo que desse montante caberia aos advogados devolver um valor que pelo que o colaborador se recorda seria de R$ 22 milhões de reais, que seriam pagas em R$ 18 parcelas mensais de aproximadamente R$ 4 milhões de reais. Desse valor que retornaria, o colaborador combinou com José Riva e Sergio Ricardo que pagaria uma dívida que ambos (José Riva e Sergio Ricardo) tinham com Avilmar de Araujo Costa, que operava no ramo de factoring com deputados da Assembleia, no valor de R$ 8 a 10 milhões de reais.”
Mais dinheiro
“Após conversar com José Riva e Sergio Ricardo o colaborador marcou uma reunião em que estavam presentes José Riva, Sergio Ricardo e Avilmar, sendo que nessa reunião José Riva e Sérgio Ricardo pegaram mais dinheiro com AVILMAR para totalizar os R$ 18 milhões de reais que retornariam, acreditando o depoente que José Riva e Sergio Ricardo pegaram nessa ocasião mais R$ 4 milhões de reais com Avilmar. No entanto, Avilmar exigiu como garantia cheques do colaborador, tendo o colaborador entregue a ele 12 cheques no valor de R$ 1.500.000,00 cada um, tendo ainda Avilmar entregue nesse momento para o colaborador um cheque no valor de R$ 4 milhões de reais, que era a diferença das dívidas com O valor que entraria na casa de R$ 23 milhões de reais.”
Atuação do Estado
“O Estado começou a fazer os pagamentos, tendo sido pagas 4 parcelas, sendo que após uma denúncia de irregularidades nos pagamentos, por ordem judicial da Justiça Federal os pagamentos cessaram, sabendo o colaborador que os pagamentos das propina seriam feitos pelos advogados para José Riva, que por sua vez os repassava para Avilmar, sabendo o colaborador que Avilmar chegou a·receber cerca de 6 milhões de reais, pois foi o valor que ele devolveu ao colaborador dos cheques que ele mantinha como garantia, tendo ele ainda ficado de posse de mais 8 cheques do colaborador no valor de R$ 1.500.000,00, sendo que AVILMAR tinha ciéncia da origem dos valores, tendo ele ainda cobrado o colaborador os valores dos cheques remanescentes, se recordando o colaborador ter pago ainda para AVILMAR mais uma parcela no valor de R$ 1.500.000,00, no entanto, AVILMAR não devolveu o cheque desse pagamento. Riva disse que teria pago o valor de R$ 500 mil reais para o procurador Henz.”


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