Da Redação - FocoCidade
A Assembleia Legislativa aprovou, em primeira votação, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (PLDO/230-2018) delineado em R$ 18,5 bilhões, assegurando 58 emendas junto à peça orçamentária. As emendas servem de apoio aos deputados, que direcionam recursos alinhados à execução do orçamento do Estado para diversas áreas, como infraestrutura.
Nesse contexto, o Estado tem o desafio de garantir a liberação das emendas, num quadro que ainda passa por atrasos. Ao texto original do Governo foram apresentadas 73 emendas. O balanço pontua 15 emendas rejeitadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
Mas em Plenário, das 15 emendas rejeitadas, a única que foi derrubada, por nove votos, foi à de número 25. Essa emenda é de autoria do deputado José Domingos Fraga (PSD). Fraga pediu ao presidente da Mesa Diretora, deputado Eduardo Botelho (PSB), que a votação dela fosse feita em destaque (separada).
Zé Domingos, que é presidente da Comissão de Fiscalização, Acompanhamento da Execução Orçamentária, não concordou com o parecer técnico da CCJR. Segundo ele, isso se deve em função de o Projeto de Emenda Constitucional – PEC dos Gastos, que será encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa, estabelecer o congelamento dos duodécimos dos poderes.
De acordo com Zé Domingos, o texto original do PLDO/2018, em seu artigo 21, propõe um orçamento equivalente ao proposto na LOA/2017 e mais o índice de correção feita pelo INPC.
“Caso a LDO/2018 seja aprovada, o orçamento desta Casa de Leis e dos demais poderes vai ser o mesmo de 2017. Mas o orçamento de 2017 é o mesmo orçamento de 2016. Com esse orçamento, a Assembleia não vai conseguir honrar os compromissos assumidos. Na atual e na anterior Mesa Diretora, foram assumidos compromissos como o pagamento da URV e com a previdência dos servidores. Se isso acontecer, fica inviável o cumprimento", explicou Domingos.
Para convencer os demais parlamentares a derrubar o parecer da CCJR, Domingos disse ainda que os orçamentos (2018) da Assembleia e dos outros poderes vai ser menor que o de 2016. No placar final, o parecer da CCJR pela rejeição da emenda 25 foi derrubado por nove votos, e apenas seis votaram pela manutenção da rejeição à emenda.
De acordo com o relator do PLDO/2018 na CCJR, deputado Oscar Bezerra (PSB), o veto à emenda 25 cumpriu um rito constitucional. “Em função disso não teve condições de aprová-la, mas temos a consciência da importância da emenda e do apoio dos demais parlamentares. Mesmo não passando na CCJR, a votação dela em destaque tem legitimidade”, disse Bezerra.
Domingos citou ainda o orçamento da Defensoria Pública que em 2017 que é de R$ 119 milhões, mas seria necessário um montante de R$ 180 milhões. “Se não tiver um aumento no orçamento, a Defensoria vai ter que fechar às portas. Não dá para trabalhar com um orçamento congelado”, afirmou o parlamentar.
O presidente Eduardo Botelho (PSB) convocou os parlamentares para participarem de uma sessão extraordinária, às 16 horas, no Plenário Das Deliberações Deputado Renê Barbour. À tarde, os deputados devem votar o PLDO/2017, que prevê entre receita e despesas o montante de R$ 18,5 bilhões.
PEC
Os deputados votaram e aprovaram dois projetos de emenda constitucional. Um deles autoria do deputado Wagner Ramos (PSD) – PEC 08/2015 – dispõe sobre o fornecimento dos dados dos cartões aos municípios pela Fazenda Estadual.
O segundo – de autoria do deputado Zeca Viana (PDT) - PEC 07/17 – impede que haja normas infraconstitucionais proibindo o firmamento de convênios entre o Estado e os municípios em razão de alguma pendência financeira, não podendo restringir esse direito de receber recursos oriundos das Emendas Impositivas.
Equoterapia
Os deputados derrubaram também o parecer contrário da CCJR ao projeto de lei 591/2015 – que estava em 2ª votação – de autoria do deputado Zeca Viana (PDT) – que Institui a equoterapia como política de educação e como método terapêutico de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência em Mato Grosso. (Com assessoria)
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