• Cuiabá, 21 de Agosto - 2025 00:00:00

Juíza nega ter acusado Stringueta de 'criar história' para justificar grampos


Juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, pontuou nesta sexta-feira (2), não ter acusado o delegado Flávio Stringueta de ter criado um cenário à parte para assegurar a legalidade de grampos.

As declarações da magistrada foram acentuadas em entrevista à Rádio Capital.

As interceptações telefônicas ocorreram na Operação Querubin, em 2015, no período em que Stringueta estava à frente da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), cargo que perdeu no decorrer deste ano.

Na esteira da operação, foi interceptada Tatiane Sangalli, que teria um caso amoroso com o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, além da ex-servidora da pasta, Caroline Mariano dos Santos. 

A magistrada enviou ofício à Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça, observando a possibilidade de as investigações terem sido fundamentadas numa história irreal.  

“Eu tive notícia, por meio de um assessor, da probabilidade de ter ocorrido uma barriga de aluguel na Sétima Vara, o que me causou muita preocupação”, explicou lembrando que que “nesta operação, chamada Operação Forti, teriam sido inseridos dois números, que são números de pessoas que não tinham nada, nenhuma relação com essa investigação”.

Acrescentou que “foi isso que narrei à Corregedoria. Narrei também que essas mesmas pessoas, aproximadamente um mês depois, foram alvos de uma investigação que veio da GCCO, por meio do doutor Flavio Stringuetta”.

Considerou também que “é óbvio que a constatação inicial sobre a história que embasa a operação Querubim possa não ser verídica. Mas eu não afirmei que não é verídica. Levantei a suposição por dever de ofício, acho que as autoridades devem investigar a respeito. Não fiz prejulgamento, não o acusei de nada”.

A magistrada fez questão de frisar o respeito ao trabalho desenvolvido pelo delegado Flávio Stringueta.  

“Tenho muito respeito pelo doutor Flavio, respeito o trabalho dele, trabalhei muito tempo com ele, enquanto ele esteve na GCCO. Não tenho nada contra a pessoa dele. Mas tenho dever de ofício de informar toda suposta irregularidade que eu constatar”.




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