FOLHAMAX - CARLOS DORILEO
Após colher os depoimentos de testemunhas e do empresário Elias Abrão Nassarden, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, ouve neste momento o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva (sem partido), na ação penal relacionada a "Operação Imperador". Ele é acusado de liderar um esquema que teria desviado R$ 62 milhões dos cofres do Legislativo através da compra fictícia de materiais de expediente.
Esta é a primeira audiência de Riva após receber uma condenação de 21 anos e oito meses de prisão na "Operação Arca de Noé", onde também é acusado de fraudes na Assembleia Legislativa. Após três prisões preventivas, todas revogadas pelo Supremo Tribunal Federal, Riva tem adotado uma postura de colaboração nos processos em que responde e também estaria negociando um acordo de colaboração premiada.
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17H55 - Após fazer revelações bombásticas, Riva encerra o depoimento.
16H55 - Riva diz que se arrepende de verdade por tudo que fez. Riva conta que Pivetta lhe avisou que quando desse algum problema todos iriam abandoná-lo. Ele diz que deseja prestar contas a sociedade do que não roubou que foi beneficiado com R$ 500 mil no esquema.
16H50 - Apenas de 2005 a 2008, segundo Riva, o governo de Blairo teria repassado um total de R$ 37,5 milhões a boa parte dos deputados à época - cujos nomes não foram citados. "Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo [atual conselheiro afastado do TCE], R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", disse Riva, que foi ex-presidente da Assembleia por vários mandatos.
16H45 - Riva diz que chegou a entregar dinheiro para outros ex-deputados. Comenta que a partir de 2003 a dustribuição do "mensalinho" era generalizada e que antes o valor é entregue por cada líder de bancada.
16H40 - O ex-deputado acrescenta ainda que, antes da gestão de Dante, o esquema já existia e foi até último dia da gestão de Silval em dezembro de 2010. Explica que após a saída de Edemar deixou de receber relatórios dos repasses aos parlamentares. Afirma que os deputados que prestaram depoimento na "Operação Imperador" dizendo que receberam materiais estão mentindo para a juíza. "Nenhum deputado tem o direito de falar mal de mim".
16h36 - Riva ainda isentou os deputados da legislatura de 2003 a 2007 que não faziam parte do esquema: Ságuas Moraes, Zé do Pátio, Chico Daltro e Verinha Araújo. Na 2007 a 2010, somente Otaviano Pivetta não foi beneficiado.
16H24 - Além de si, o ex-presidente aponta uma série de nomes de ex e deputados estaduais beneficiados com "mesadas": Silval Barbosa, Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Dilceu Dalbosco, Campos Neto, Airton Português, Alencar Soares, Carlão Nascimento, Pedro Satélite, Renê Barbour, Zeca D'Ávila, José Carlos de Freitas, Eliene Lima, Carlos Brito, Sebastião Rezende, Zé Domingos, Wallace Guimarães, Percival Muniz, Nataniel de Jesus, Humberto Bosaipo, João Malheiros, Gilmar Fabris, José Domingos, Wagner Ramos, Adalto de Freitas, Nilson Santos, Juarez Costa, Walter Rabello, Chica Nunes, Guilherme Maluf, Ademir Bruneto, Maksuês Leite, Chico Galindo e Antônio Brito, que recebiam propina. Diz que as propinas vinham das operações com as empresas e eram mensais e os valores variavam. Comenta que quando havia algum problem emprestava dinheiro de agiotas para efetuar os pagamentos. Diz não se lembrar se papelaria Grafitte fazia parte do esquema, assim como de outras empresas.
16H13 - José Riva conta que Edemar chegou a falsificar sua assinatura e os brigaram. Com isso, trocou Edemar por Luiz Márcio Pommot na secretaria geral. Afirma que deputados estaduais assinavam o suposto recebimento dos materiais e que as licitações as empresas de Elias Nassarden eram direcionadas. No entanto, explica que a "missão" de escolher as empresas vencedoras eram do Edemar.
16H10 - Detalha que em 2009 praticamente se trabalhou na Assembleia para pagar a vaga de Sérgio Ricardo no TCE em susbtituição a Alencar Soares. Conta que pediu R$ 500 mil emprestados para Edemar Adams e quem levou o dinheiro, R$ 300 mil, foi o empresário Elias Nassarden. Diz que conhecia o esquema e que Elias não ficava com 12%, mas 20% das operações. Conta também que teve desvios destinados para funcionários.
16H05 - O ex-presidente da Assembleia explica que R$ 2,5 milhões do esquema descoberto na "Operação Imperador" foram usados para a compra da vaga do ex-deputado Sérgio Ricardo como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Também cita a conta de um canal de televisão. "Quem efetuava os pagamentos eram eu, Silval, Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Edemar Adams, Luiz Márcio Pommot ou o Edemar", assinala.
16H00 - Riva revela que os deputados nas gestões de Dante de Oliveira, entre 1995 e 2002, recebiam propinas, cuja mesada era inicialmente de R$ 15 mil por mês, mas chegou a R$ 25 mil. Segundo Riva, quando Maggi assumiu em 2003, os parlamentares ficaram preocupados se iriam continuar recebendo a propina. "O Blairo entrou e disse que não ia passar nada para os deputados. Cortou os valores, mas depois ele disse que iria fazer o Orçamento para atender", detalhou ao detalhar as estratégias de Maggi e Dante para garantir maioria na Assembleia.
15H55 - Começa o depoimento de José Riva. Ele avisa que fará uma confissão apontando novos agentes que participaram ou teriam sido beneficiados com os desvios. Faz um paralelo entre as mudanças entre os governos de Dante de Oliveira e Blairo Maggi. "O Maggi veio com um discurso forte contra a Assembleia e ele não tinha uma bancada forte quando assumiu em 2003", detalha.
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