Da redação - Foco Cidade
Produção agropecuária de Mato Grosso tem previsão de gerar R$ 78,450 bilhões, em 2017. A cifra corresponde por 14,3% do que é projetado para a produção brasileira, R$ 545,905 bilhões, o que consolida o Estado como o maior produtor de alimentos do país. Para se ter ideia, o 2º Estado com maior produção de alimentos no país é Santa Catarina, cujo campo deverá gerar R$ 70,030 bilhões este ano, valor que é 12% menor do que será produzido em Mato Grosso. Os dados fazem parte do indicador Valor Bruto da Produção (VBP), apurado mensalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na comparação com 2016, a produção mato-grossense deverá superar em 7,85% os valores contabilizados na safra anterior, que gerou R$ 72,737 bilhões. O VBP é um cálculo de estimativa que considera o valor de mercado das principais commodities agrícolas e multiplica pela quantidade da produção planejada.
Especialistas do setor consideram que é bem provável que os valores sofram redução até o fim deste ano, principalmente no milho, que está em 2ª lugar como fonte de renda no campo mato-grossense. Fatores como a supersafra norte-americana e a queda no dólar também influenciam na cotação dos produtos produzidos no Estado e que abastecem o mercado exterior.
Mas se consolidada a projeção, a soja será responsável pela produção de R$ 32,862 bilhões este ano, em Mato Grosso, 2,17% a mais que em 2016, quando foram R$ 32,163 bilhões. Já o milho tem previsão de gerar R$ 13,841 bilhões ante R$ 10,096 bilhões de 2016, um salto significativo de 37,08% entre um ano e outro. O aumento é impulsionado principalmente pela perspectiva de recuperação sobre as perdas de praticamente 7 milhões de toneladas que ocorreram na safra 2015/2016.
Outro produto com valores consideráveis é o algodão que deverá movimentar R$ 13,681 bilhões este ano, 13,73% a mais que em 2016.
A produção de bovinos deverá gerar R$ 10,133 bilhões em 2017, 6,49% menos que em 2016. A queda se dá pela retração na oferta de animais para abate, o que ocorre em decorrência de um ciclo natural na bovinocultura, mas que neste período de crise conta com a retração no consumo do mercado interno.
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