• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Setembro Amarelo: precisamos falar de suicídio!

            Não falar sobre esse assunto de saúde pública é como se ele não existisse. Ele existe e está em todos os lugares. Mato Grosso registrou de janeiro a agosto deste ano 131 casos, os dados são da Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS mais de 700 mil pessoas cometem suicídio anualmente. A única forma de evitar mais registros é com a informação.

            E foi justamente a informação e o acompanhamento de profissionais que me ajudaram a aliviar essa dor que tomava conta de mim. Não foi fácil, foi uma jornada. Com empatia, carinho, apoio da família, dos amigos e acolhimento eu consegui vencer. Descobri que tinha muitas feridas emocionais, dores que fui colocando "debaixo do tapete" por muito tempo, até que "essa sujeira" veio à tona.

            Na minha infância, eu era muito doente, tinha intolerância à lactose, asma, bronquite, rinite e pneumonia. Além das questões de saúde, meus pais se separaram e foi muito complicado para mim. Eu me achava feia, tinha complexo de inferioridade, me sentia rejeitada, sempre achava que os outros eram mais importantes que eu.

            Na adolescência sofria de ansiedade, depressão, bullying na escola. Com tantas dores só queria sumir para não lidar com elas. Toda vez que eu tinha uma crise eu engordava 20 quilos mesmo sem ter compulsão alimentar. E isso não fazia sentido.

            Minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu tinha 14 anos e ficar órfão doeu muito. Aos 16, casei e tive duas filhas, logo depois me separei. Fiquei completamente sem estrutura física, emocional, financeira. Era uma luta imensa me manter viva.

            Depois, me apaixonei e me casei novamente, tive mais dois filhos. Tinha uma família linda, um trabalho dos sonhos, era concursada, mas a dor continuava lá e eu não entendia o motivo. Voltei a ficar doente fui diagnosticada com fibromialgia, síndrome do pânico, carótidas obstruídas, nódulos, cistos na tireoide, dor no estômago, problemas de circulação. Procurei vários médicos e cada um me receitava inúmeros remédios. Cheguei a tomar 36 comprimidos por dia e com tanto medicamento, meu fígado não aguentou, tive hepatite medicamentosa.

            O desespero de sentir a morte tão de perto me fez buscar cursos de autoconhecimento e terapias integrativas para me entender. Numa sessão de hipnose com um médico que é gastro entendi o motivo de engordar "do nada tantos quilos", durante a sessão acessei um arquivo de memória de quando eu era um bebê. Como era muito magrinha e doente minha madrinha disse "essa menina precisa engordar se não vai morrer", minha mente internalizou esse comando e toda vez que eu passava por um momento difícil, imediatamente começava a engordar para sobreviver. Todos os sintomas das doenças foram desaparecendo à medida que os arquivos eram abertos.

            Entendi que somos seres emocionais e tudo está interligado. E quem diria que da minha maior dor viria a maior bênção! Hoje sou hipnoterapeuta e terapeuta feminina e assim como transformaram minha vida, essa passou a ser a minha missão. Se você está passando por um momento difícil saiba que Deus sempre coloca anjos em nossa vida. Acredite! A vida é para ser leve, busque ajuda.

@greyzieledutra



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