Iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG) estão se tornando cada vez mais populares entre investidores. Um estudo da consultoria KPMG aponta que 76% das organizações brasileiras já incluem essas práticas em suas estratégias de negócio.
O levantamento também mostra que as companhias que adotam medidas sustentáveis têm mais chances de conquistar a preferência do consumidor. Já a "Global Reporting and Institutional Investor Survey" da EY, afirma que 99% dos investidores utilizam as divulgações ESG como parte de suas decisões de investimento.
Nesse sentido, a geração e o uso da energia solar se tornam uma maneira assertiva para as organizações atingirem seus objetivos em ESG, por ser limpa e renovável. Ela promove diretamente os valores práticos de sustentabilidade através da redução da emissão de gases de efeito estufa, e não é um contribuinte para o processo de mudanças climáticas. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) desde 2012 cerca de 33,4 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na geração de eletricidade por conta da fotovoltaica no Brasil.
Outra vantagem é a visibilidade. O investimento em energia solar mostra instantaneamente o compromisso da empresa com as práticas ESG gerando um impacto positivo em sua reputação. Uma estratégia que cumpra seu propósito de forma assertiva pode melhorar a percepção de marca entre os consumidores, investidores e outros stakeholders, o que pode levar, claro, a uma valoração de mercado.
Sem falar no custo-benefício. O preço de um sistema solar fotovoltaico varia de acordo com a complexidade do projeto e a marca dos equipamentos escolhidos. É um ótimo investimento e o retorno é garantido, principalmente por conta da redução na conta de energia que pode chegar a 95%. Também, é possível terceirizar o projeto contratando um parceiro que realiza o aporte, instalação e a operação de sua usina de geração distribuída.
Além de ser a fonte renovável com melhor custo-benefício, a energia solar também é a mais simples de implementar, pois utiliza telhados ou espaços verdes já disponíveis. A estrutura pode ser implementada para praticamente qualquer tipo de negócio com baixo ou alto consumo. Grandes e pequenas organizações podem ter acesso à geração fotovoltaica colaborando para atingir metas ESG significativas.
O Brasil é um dos países com maior potencial para geração solar, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território brasileiro recebe mais de 2.200 horas anuais de insolação, o que equivale a 15 trilhões de megawatts. Com essa oferta gigante de energia, é inegável sua viabilidade técnica e econômica.
Não há como negar que a energia solar é o caminho para as empresas brasileiras, o setor está em pleno desenvolvimento, com alto potencial de transformar a maneira como o Brasil produz e consome eletricidade, focando na descarbonização da matriz energética. Por isso, cada vez mais veremos empresas investindo nesse tipo de geração, seja para reduzir custos ou para atender as metas ambientais.
Luiz Pacheco é cofundador da Axis Renováveis.
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