Nos últimos anos, temos presenciado de forma clara a revolução digital, com a adoção da tecnologia em diversos setores com intuito de otimizar e facilitar a vida dos consumidores. Desde 1990, já presenciamos os primeiros passos dessa transformação quando a Amazon inovou com a venda de produtos online e depois, a Netflix nos apresentou seu algoritmo para prever as preferências dos assinantes, entre tantos outros exemplos de ferramentas que encantaram o cliente.
Neste sentido, quando falamos em revolução digital na saúde, nos referimos a aplicativos, Internet das Coisas (IoT) e plataformas online. Estas soluções possibilitaram que cuidado ao paciente migrasse do hospital e consultórios para ambientes virtuais. Mais do que isso, ele está movimentando o mercado financeiro. Segundo dados do Global Market Insights em 2018, o setor de telemedicina mobilizou 38 bilhões de dólares. Para 2025, a projeção é de 130 bilhões de dólares.
O mercado em saúde tende a triplicar em menos de 10 anos. Com relação a saúde digital, até 2026 esse mercado deve atingir o valor de US$ 639,4 bilhões com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 27,7% durante o período de previsão, de acordo com relatório da Grand View Research.
Monitorização cardíaca, holter e glicosímetro já vêm sendo desenvolvidos há décadas. Segundo dados da pesquisa de tecnologia móvel da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), cerca de 88% das organizações de saúde nos EUA já investiram ou pensam em investir em "RPM" (monitoramento remoto do paciente). De acordo com a American Heart Association (AHA), o RPM empondera os pacientes no engajamento e participação na sua saúde, enquanto possibilita ao médico uma visão holística de seu paciente, aumenta a visibilidade sobre a aderência ao tratamento e permite a intervenção no tempo adequado.
Quando avaliamos os dispositivos para RPM é necessário considerar quatro pilares:
· Acurácia
· Eficiência no processamento de dados
· Segurança dos dados
· Baixo consumo de bateria
O atual sistema de saúde nos faz observar uma equação que não fecha, o envelhecimento populacional, mais o aumento da prevalência de doenças crônicas e a redução de profissionais qualificados. Fica evidente que o caminho para a tranformação digital para atender a essas demandas é inevitável.
Desta forma, podemos dizer que a revolução digital veio para trazer maior comodidade, acessibilidade e segurança de forma efetiva aos pacientes, além de de garantir maior eficiência em seus processos, e colaborando para um sistema de autonomia ao consumidor.
*Dra. Anna Clara Rabha é diretora médica da Tuinda Care.
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