O propósito da vida é uma questão fundamental que tem intrigado e inquietado os principais pensadores da humanidade. É uma pergunta que todos se fazem em algum momento da vida. Enquanto alguns acreditam que o propósito da vida é encontrar a felicidade, outros e outras acreditam que é cumprir uma missão divina ou alcançar um objetivo específico. Neste artigo, aborda-se algumas das principais teorias sobre o propósito da vida e como encontrar significado nela.
Uma das teorias mais populares sobre o propósito da vida é a ideia de cumprimento de uma missão divina ou espiritual. De acordo com essa teoria, Deus, ou alguma outra força superior, criou este mundo por uma razão específica e há a responsabilidade de todos em descobrir e cumprir essa missão. Para alguns, isso pode significar seguir uma vida religiosa ou espiritual, enquanto para outros pode significar fazer caridade e ser um ponto de diferença, positiva, no mundo.
Outra teoria sobre o propósito da vida é a ideia de que estamos aqui para aprender e crescer, acreditando que a vida é uma jornada de aprendizado constante e que cada experiência, boa ou má, ensina algo importante sobre os humanos e o mundo. Nesse sentido, o propósito da vida é continuar a aprender e evoluir, a fim de ser a melhor versão de pessoas por estas bandas de terras.
Algumas pessoas acreditam que o propósito da vida é encontrar a felicidade e o contentamento. Elas argumentam que, como pessoa humana, todos e todas estão programados para buscar a felicidade e é isso que motiva a seguir em frente diariamente. Para elas, o propósito da vida é descobrir o que as faz felizes e seguir em frente com isso.
Outra teoria sobre o propósito da vida é a ideia de que não há propósito em absoluto. Essa teoria afirma que a vida é uma série de eventos aleatórios e que não há nenhuma razão ou propósito por trás deles. Algumas pessoas acreditam que essa perspectiva pode ser libertadora, permitindo que vivam suas vidas sem se preocuparem com as expectativas dos outros ou com o que é "certo" ou "errado".
Então, como encontrar propósito na vida? Ou aceitar a ideia de que ficar procurando propósito em tudo pode gerar mais angústia? O primeiro pensador a refletir sobre a angústia foi Kierkegaard em “conceito de angústia”, 1844, para o qual, ao contrário do temor, do medo e de outros estados análogos, que sempre se referem a algo determinado, ela não se refere a nada preciso, diria ele: é o sentimento puro da possibilidade, pois, o homem vive a dimensão do futuro, onde tudo é possível (Abbagnano, 2015).
Outro importante pensador, Heidegger, fez da angústia sua análise existencial. Na angústia o homem sente-se em presença do nada, e acrescenta a isso a ameaça constante da morte, “ser para a morte”. Uma possibilidade insuperável do homem.
Será que ao perguntar - o que é importante para nós, o que nos motiva, o que nos faz sentir mais vivos, o que gostaríamos de realizar em nossas vidas? – é o caminho para encontrar respostas descortinadoras do que é realmente significativo na vida?
A ameaça que emana da condição humana neste mundo é o que faz da religião, paz. A resignação religiosa pode representar no homem médio um eficiente relaxante existencial. Se pensar no assunto o deixa infeliz, apreensivo, melhor esquecê-lo nas profundezas da consciência, aflorando a moral religiosa como antídoto necessário à pacificação da mente.
É por aí...
Gonçalo Antunes de Barros Neto é graduado em Filosofia e Direito, especialista em Constitucional pela Universidade de Lisboa e mestre em Sociologia (PPG Sociologia/UFMT). (e-mail: podbedelhar@gmail.com).
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