• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

O que conta são as atitudes

            Há pouco mais de 20 dias o Brasil entrou na rota do coronavírus. Natural que o Brasil reagisse com certa descrença. Afinal, desde  a gripe espanhola de 1918 aqui não teve epidemias graves. Porém, agora houve um terrorismo da mídia na divulgação, como se houvesse um plano mundial pra desestabilizar a Terra. Aqui também. 

            Entremos no coração do problema. O mundo e o Brasil não estavam preparados pra enfrentar uma corrente forte contrária. Muita tecnologia, autossuficiências,  etc. Mas a verdade é que não estavam preparados. Nem a sociedade, nem os governos e muito menos a economia. Aqui cabe falarmos do Brasil. País dividido política e ideologicamente. Pouca capacidade de tomar medidas urgentes porque é uma presa da burocracia governamental e da ignorância da política. Sem contar que a gestão pública brasileira é prisioneira das corporações públicas. Absolutamente anti-cidadãs e corrompidas de uma forma ou de outra. Corrupção não é só roubar. É aprisionar os interesses coletivos em malhas de interesses corporativos e na omissão. Comparável a crime de guerra! E o ambiente é de guerra.

            No Brasil o governo agiu a tempo. Mas a má vontade das corporações, aqui se inclui a mídia, querem a guerra. Sem trégua. De crise sanitária evoluiu pra crise política de interesses partidários, de poder e corporativos. Pior: em muitos casos pra interesses financeiros.

            Há uma torcida de guerra contra o país, disfarçada de estatísticas e de declarações vindas de políticos, de instituições e da mídia direcionados pra aumentar a dimensão da crise. Daqui a algum tempo sentiremos vergonha dessas atitudes tão mesquinhas!

            Em Mato Grosso o governo tomou medidas assertivas seguindo o figurino federal e de outros estados. No meio da crise o pior é não ter atitude. Prefeituras também adotaram atitudes. Muitas foram contraditórias, mas foram atitudes. Não houve omissões. Mas os setores corporativos públicos, com algumas exceções continuam vivendo dentro de suas bolhas de conforto e não perceberam os acontecimentos. Usaram do peso das suas canetas legais pra causar confusão. No seu primeiro plano a vaidade e recalques acumulados. No segundo e terceiros planos os interesses sociais. Outro tipo de crime de guerra!

            Ao fim da crise que percorrerá parte deste ano, não sobreviverão esses grupos de interesses mesquinhos. Novos sistemas de pensar, de produzir e de gerir o público e o privado surgirão pós-crise. As atitudes tomadas no clarão do fogo. Certas ou erradas foram necessárias ao seu tempo. Reconheço aqui o valor do presidente da República, do governo, do governador Mauro Mendes e do governo. Os prefeitos também. Não importa se em algum momento bateram de frente. Fizerem isso pelo melhor. Tiveram atitude. O resto é mesquinharia!

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.

onofreribeiro@onofreribeiro.com.br  ww.onofreribeiro.com.br 



0 Comentários



    Ainda não há comentários.