• Cuiabá, 06 de Dezembro - 00:00:00

Homens-besta que caíram da jabuticabeira brasileira

Sabe, publico artigos de opinião, sem nunca ter precisado pagar jabá para nenhum site, deve ter uns vinte anos, abordando diversos assuntos, de poesia, passando por filosofia e religião/espiritualidade. 

Aqui deixo meu registro de reconhecimento e agradecimento à imprensa livre de Cuiabá, como o site Fococidade.

Todavia, todos sabem que minha produção literária, algo em torno de mil textos já catalogados, majoritariamente foca ciências humanas e sociais, entre elas a política, também ciências da religião, psicologia e psicanálise, autoconhecimento e desenvolvimento da condição humana, demasiadamente humana.

Sem supertições e superficialidades, prestigiando o pensamento científico e filosófico, embora não deixe de reconhecer e dialogar com o senso-comum e o pensamento religioso, os primeiros concebidos por reflexão categórica e experimentação com método, os últimos mais dogmáticos e menos sistematizados, ora se complementando, ora se chocando, construindo o novo, que pode ser a confirmação do velho ou sua radical transformação. Só um ministro do Governo Federal continua achando que a Terra é plana. O resto do Mundo já sabe que é redonda.

Óbvio que nunca esperei reconhecimento pleno e totalizante. Nem escrevo para isso. Simplesmente uso a arte de ler e escrever para comunicar com o exterior e me comunicar com o interior. As opiniões são consequências e imprevisíveis. Deve ser muito medíocre e escravizante ter como meta principal afagar a opinião pública, mentindo para ela e para si mesmo. Não seria arte! Sim, farsa! Uma falácia, além de imaturo e muita prepotência, asquerosa até. 

Apesar disso, as críticas, das mais diversas matizes, existem. Com as construtivas, sobretudo quando põem em cheque meu pensamento, meu posicionamento, aprendo, seja para mudar minha concepção da realidade e da verdade até então acreditada, sempre pela autoridade do argumento, não pelo argumento da autoridade, ou para respeitosamente refutar e abrir um debate saudável entre ideias, não embate entre pessoas, duas coisas muito diferentes, no entanto, desconhecidas por muitos, principalmente pelos depreciadores da honra e dignidade alheias, sem olhar para o altar das cadeias das suas asneiras.

Ocorre que ultimamente o contraditório, se é que dá para classificar assim, tem sido vazio e ovo de ciência, consciência e sabedoria, cheio de ódio, ignorância e rancor, sem nada que se aproveite no mérito do debate, ou em qualquer outra dimensão da comunicação, apenas atacam a pessoa do articulista e arrotam toda podridão que vem do intestino grosso e delgado. Isso mesmo, falam pelo ânus. 

Muito provavelmente sujam a boca, sendo necessário papel higiênico ou até uma chuveirada, para tirar tanto esterco atirado, que, todavia, erram a mira e sujam suas próprias caras. Freud provavelmente diria que esses sujeitos, no tríduo precedente ao Complexo de Édipo, durante o narcisismo, ficaram fixados na fase anal. Ainda bem que pela internet não dá para sentir o odor, que provavelmente exala de suas cabalas imaginárias, que estão mais para cabras defecando na mata.

E fazem isso como se fossem muito melhores do que os outros, apenas por decorarem xingamentos, já que são incapazes de elaborar, como protagonistas, alcunhas difamatórias. Se tiverem algum insight, o que devem supor ser algo de videogame, vão descobrir estarem agindo, andando e vivendo como vermes, parasitas, sem qualquer luz própria, só sombras de suas estúpidas e idiotas participações na Ágora virtual.

Será a bestialidade da sociedade em tempos de liquidez intelectual, ausência de cidadania e dignidade e vazio existencial, preenchido por instintos primitivos, dos prisioneiros da Caverna de Platão, ou de Ló que tomou umas e deitou com suas filhas, fez sexo para ser mais direto, que estão abalando os marcos civilizatórios!? 

Esses seres caíram de qual abacateiro? Ou seria jabuticabeira? Sinto que os anjos caídos, Satanás entre eles, já nada mais têm para fazer por aqui. Um quinhão da sociedade colocaram eles no bolso. Os milicianos, por exemplo! Lúcifer teria mais escrúpulos, foi bem mais educado. Deve ter vazado, pedir arrego para o "Nosso Senhor".

Ficam vociferando aos quatro ventos a condição animalesca deles, sinceramente, não sei em busca do quê? Holofote!? Em um comentário, em um site, escondidos atrás de pseudônimos!? São covardes e analfabetos políticos, como diriam os saudosos Sobral Pinto e Bertholt Brecht. Podem pesquisar no Google que descobrirão quem é. Digo isso para a turma dos anencéfalos, que também não sabem o que significa essa palavra. Estudem!

Que tristeza o que virou parte da nação brasileira, homens-besta! Em que pese nem por isso ser motivo para sentar na pedra e chorar. Temos de lutar!


Paulo Lemos é advogado especialista em Direito Público, defensor de direitos humanos, professor de filosofia geral e de filosofia jurídica, sociologia e teoria geral do Estado, articulista de opinião, palestrante e debatedor, só que, principalmente, alguém que não deixou o cérebro descer para o intestino.



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